Djokovic voltou ao modo invencível

Sérvio conquistou o Masters 1000 de Roma e elevou para 36 os troféus em torneios desta categoria.

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LUSA/Riccardo Antimiani / POOL

Ultrapassado o episódio da desqualificação no US Open, Nova Djokovic regressou ao estatuto de jogador imbatível em 2020 e somou mais um título, em Roma. Mas não foi um título qualquer: o triunfo nos Internazionali BNL d’Italia colocou o sérvio isolado no pódio dos maiores vencedores de torneios da categoria Masters 1000, com 36 troféus. Um feito com dupla satisfação, já que o próprio Djokovic admitiu não ter estado perfeito.

“Foi uma semana desafiante. Não penso que tenha jogado o meu melhor ténis ao longo da semana, mas penso que encontrei o meu melhor ténis quando mais precisei, nos momentos decisivos, praticamente em todos os encontros. Sem dúvida que isso me deixa muito satisfeito e orgulhoso”, afirmou Djokovic, após conquistar o quinto título em Roma, em cuja final derrotou Diego Schwartzman (15.º ATP), por 7-5, 6-3.

Apesar do desgaste das duas rondas anteriores, em que venceu Rafael Nadal e Denis Shapovalov, o argentino entrou melhor e, com dois breaks, liderou por 3-0, antes de Djokovic reagir. A 5-6, erros de Schwartzman custaram-lhe a partida, mas não o desanimaram. O argentino voltou a “quebrar” o serviço adversário, mas a partir do 3-3, Djokovic retomou o ascendente.

“A caminho de Paris, não poderia desejar melhor torneio aqui em Roma”, admitiu o sérvio, premiado com um prize-money, reduzido devido à pandemia, de 205 mil euros – quase um quinto dos 958 mil euros auferidos pelo campeão de 2019, Nadal. Djokovic assegurou também a 287.ª semana a liderar o ranking, ultrapassando o seu ídolo de infância, Pete Sampras, e está agora a 23 semanas de igualar o recordista, Roger Federer.

Outro beneficiado pela derrota de Schwartzman foi Shapovalov que, aos 21 anos, se tornou no segundo canadiano a entrar no top do ranking ATP, criado em 1973, imitando Milos Raonic.

Do lado feminino, não há dúvidas sobre quem recai o maior favoritismo em Roland Garros. Simona Halep (2.ª) triunfou em Roma e subiu para 14 o número de vitórias consecutivas desde que regressou à competição, ou seja, o total de encontros realizados em Praga e Roma e que elevaram para 22 o número de títulos conquistados na carreira.

“Sinto-me confiante e estou contente por poder ter a oportunidade de jogar outro torneio do Grand Slam esta época”, afirmou a romena, que vencia, por 6-0, 2-1, quando a checa Karolina Pliskova (4.ª) abandonou a final, lesionada na coxa esquerda.

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