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A estranha e hipnotizante beleza do olhar animal
Contemplar o olhar dos muitos animais que Suren Manvelyan fotografou ao longo de quase uma década pode ser simplesmente hipnotizante. As cores, as formas, as texturas estão em máxima evidência na série que o arménio (que é também professor de Física) desenvolve há vários anos, intitulada Animal Eyes. Os globos oculares de bichos de centenas de espécies – que Suren faz questão de sublinhar que "estavam vivos e de saúde" no momento em que fotografou – revelam singularidade, profundidade e, além de exclamações, suscitam também questões de natureza existencial: quem estará por detrás de cada mirada? Como verá o mundo? E que grau de consciência terá sobre a realidade que apreende?
As fotografias de Suren Manvelyan têm, simultaneamente, valor científico e artístico. Científico por razões óbvias. E artístico porque a mirada tem um poder excelso no contexto da obra artística – recorde-se o olhar de Mona Lisa, que faz da humanidade refém há centenas de anos, ou a inolvidável e perfurante expressão gravada nos olhos da "Menina Afegã", de Steve McCurry. São apenas dois exemplos entre milhares no mundo da pintura e fotografia. Não é, por isso, surpreendente que estes retratos animais, que descrevem mundos tão próximos e desconhecidos, tenham captado, ao longo dos anos, a atenção de milhões de pessoas – tanto nos meios de comunicação mundiais (no The Telegraph, Wired, The Guardian, Huffington Post, entre outros), como no Behance, onde o número de visualizações do seu trabalho ultrapassa os cinco milhões.