A Pietà que Miguel Ângelo quis destruir já está outra vez a ser restaurada

Trabalhos interrompidos pela pandemia de covid-19 foram já retomados e as visitas guiadas à galeria onde decorrem começam esta segunda-feira. Técnicos esperam revelar pormenores escondidos por quase 500 anos de poeiras e ceras, mas muitos dos mistérios que envolvem esta escultura deverão ficar por resolver.

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Claudio Giovannini/cortesia do Museu da Catedral de Florença

Vittoria Colonna acabara de morrer e Miguel Ângelo, então já com 71 anos, deu por si a pensar cada vez mais no seu próprio fim. Costumavam discutir arte e religião e a ausência desta rara amiga íntima que o pintor dizia ser a mulher mais bela que alguma vez vivera era-lhe difícil de suportar. Colonna dedicava-lhe poemas e ele retribuía, escrevendo e desenhando para ela. Quando a poetisa morreu nos seus braços, diz a tradição, o autor do tecto da Capela Sistina terá ficado inconsolável, ainda mais taciturno do que o habitual naqueles últimos anos.

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