Olga, Nick e a liberdade cósmica do movimento

Foto
Olga Tokarczuk Sophie Bassouls/Sygma via Getty Images

A 16 de Setembro de 1977, um carro despistou-se e morreu uma estrela. Chamava-se Marc Bolan, senhor dos T.Rex, criador de música cósmica. Há poucos dias, um disco tributo começou a sua vida pública. Angelheaded Hipster reúne outras estrelas a cantar Bolan. E há nele uma canção maior, uma versão morte-e-vida criada por Nick Cave e que não me sai da pele, e que, ainda por cima me surge (na minha cabeça) como banda sonora do livro em que mergulhei, Viagens da nobel Olga Tokarczuk, e que, entre fascínios e desesperos, me pôs a repensar o movimento, do mundo e do meu corpo, e me obrigou até a experimentar uma desfragmentação muito pessoal. “I danced myself right out the womb / Is it strange to dance so soon? / I danced myself into the tomb” canta Cave – há uma versão piano belíssima que apresentou no late show de James Corden – neste disco para o qual o seu produtor, Hal Willner, trabalhou durante anos. Willner morreu em Abril, desconfia-se que com sintomas de covid-19.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção