Câmara de Lisboa defende testes a professores, alunos e funcionários de escolas

Moção apresentada pelo vereador do BE relembra que “uma boa parte dos docentes em exercício de funções nas escolas da cidade de Lisboa pertence a grupos de risco”.

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Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, não evitou aglomerações à porta apesar das medidas restritivas LUSA/TIAGO PETINGA

A Câmara de Lisboa defende a realização de testes gratuitos à covid-19 a todos os professores, alunos e funcionários não docentes das escolas públicas da cidade, assim como a realização de testes periódicos por amostragem.

Numa moção, apresentada pelo vereador do BE, responsável pelos pelouros da Educação e dos Direitos Sociais, e que foi aprovada com os votos contra do PS e os votos favoráveis de PSD, CDS-PP, BE e PCP, a Câmara de Lisboa insta o Governo “a organizar os meios e os recursos para a realização de testes gratuitos a todos os professores/as, alunos/as e assistentes operacionais das escolas públicas, no âmbito do início do ano lectivo”.

Os casos positivos resultantes do primeiro teste deveriam, posteriormente, ser remetidos para “testagem mais sensível, e também gratuita”, lê-se no texto apresentado pelo vereador Manuel Grilo na reunião privada do executivo camarário realizada esta manhã.

Na moção é também defendido que o Governo deve assegurar que os agrupamentos escolares e equipas de saúde locais têm capacidade para disponibilizar gratuitamente a realização de teste rápido a professores, alunos e assistentes operacionais, “a qualquer momento do ano lectivo”.

Além disso, no documento a Câmara de Lisboa insta ainda o Governo à realização “do teste periódico por amostragem para monitorizar o estado epidemiológico das escolas”.

“Apesar de alguns estudos científicos indicarem que existe menor probabilidade de contágio entre crianças e jovens do que entre adultos, há que ter em conta que uma boa parte dos docentes em exercício de funções nas escolas da cidade de Lisboa pertence a grupos de risco, principalmente devido à faixa etária média da classe docente”, é referido na moção.

Adicionalmente, é acrescentado, a ausência de sintomas em grande parte da população jovem faz com que as potenciais infecções por covid-19 passem despercebidas e se tornem potenciais factores de contágio.

“A identificação precoce de casos positivos pré-sintomáticos é uma medida de prevenção que permite agir sobre eventuais cadeias de transmissão antes que elas se transformem em surtos, dentro e fora das escolas”, lê-se no documento.

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