TAP terá de “fazer o caminho da reestruturação para garantir a sobrevivência”

Destacando a existência de uma “nova estrutura accionista e de gestão”, o novo presidente executivo da TAP, Ramiro Sequeira, e o presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, afirmam, numa mensagem aos trabalhadores, que o plano de reestruturação deve funcionar como um plano de recuperação da TAP.

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Empréstimo do Estado à TAP pode ir até aos 1200 milhões Rui Gaudencio

O novo presidente executivo da TAP, Ramiro Sequeira, e o presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, enviaram esta quinta-feira, dia em que o primeiro assumiu funções na sequência da saída de Antonoaldo Neves, uma mensagem aos trabalhadores. Na missiva, destaca-se que as prioridades da gestão passam por retomar a actividade “com segurança e sustentabilidade” e “reestruturar” para recuperar a TAP.

A cerca de dois meses de entregar o plano de reestruturação em Bruxelas, ligado ao empréstimo estatal que pode ir até aos 1200 milhões de euros (com parte a ser convertida em capital), destaca-se a importância dos trabalhadores e a existência de “um conselho de administração, uma comissão executiva e uma equipa de gestão coesas e alinhadas em consolidar uma relação responsável e de confiança com todas as partes interessadas”.

Com uma “nova estrutura accionista e de gestão”, uma vez que o Estado vai ficar com a posição de David Neeleman e subir para 72,5%, e Antonoaldo Neves (ligado a Neeleman) saiu ontem do grupo, a mensagem fala na necessidade de ultrapassar aquilo que diz ser, “provavelmente, o maior desafio que já se colocou à TAP nos seus 75 anos de história e a toda a indústria da aviação civil, se não mesmo à Humanidade, nesta nova era”.

“Estamos todos conscientes das dificuldades vividas pelo sector da aviação, a nível mundial, e temos vindo a assistir às reestruturações levadas a cabo pelas nossas congéneres. As previsões da IATA apontam, na previsão mais pessimista para o próximo ano, uma actividade inferior até 60% face à do ano de 2019, o que permite antever uma retoma lenta e ter a clara noção de que, também a TAP, terá de fazer o caminho da reestruturação para garantir a sua sobrevivência”, adiantam os dois gestores.

Para Miguel Frasquilho e Ramiro Sequeira, a ideia é a de que o plano de reestruturação, que implicará necessariamente um redimensionamento do grupo, “seja e se transforme num verdadeiro plano de recuperação da TAP”.

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