Quatro mulheres e dois homens finalistas do Booker 2020

Fora da lista de finalistas desta edição do Booker ficou a escritora inglesa Hilary Mantel, que se encontrava entre os 13 nomeados da longlist, anunciada no final de Julho, com o livro The Mirror and the Light, depois de ter vencido o galardão, com os dois títulos anteriores da saga sobre Thomas Cromwell.

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Os seis livros finalistas

 Os escritores Diane Cook, Tsitsi Dangarembga, Avni Doshi, Maaza Mengiste, Douglas Stuart e Brandon Taylor são os seis finalistas para o prémio literário Booker deste ano, anunciou esta terça-feira a organização. Quatro deles concorrem com primeiras obras e são publicados por editoras independentes e a maioria são escritores norte-americanos ou com cidadania americana.

O escritor Lee Child, que faz parte do júri, na sua declaração num vídeo divulgado pelo Booker, diz que se lermos estes seis livros ficamos a saber para onde vai o romance como género e com uma ideia muito aproximada de qual poderá ser o seu futuro. Esta edição de um dos mais importantes prémios literários da língua inglesa, que premeia ficção publicada desde Outubro de 2019, no Reino Unido e Irlanda, é disputada por quatro mulheres e dois homens, todos nomeados pela primeira vez. E 

Diane Cook (The New Wilderness), Tsitsi Dangarembga (This Mournable Body, o terceiro título de uma trilogia), Avni Doshi (Burnt Sugar), Maaza Mengiste (The Shadow King), Brandon Taylor (Real Life) e Douglas Stuart (Shuggie Bain) saberão em Novembro qual deles vencerá o Prémio Booker 2020.

O júri é composto pela editora e crítica literária Margaret Busby, que preside, pelo escritor Lee Child, pelo autor e crítico Sameer Rahim, pelo escritor Lemn Sissay e pela tradutora Emily Wilson. O júri escolheu os nomeados de entre 162 candidatos.

“Os romances da lista de finalistas deste ano vão de uma criança fora do comum, que cresce na classe trabalhadora de Glasgow na década de 1980, a uma mulher que enfrenta um pesadelo pós-colonial no Zimbabué. Pelo caminho encontramos um homem que luta contra o racismo num campus universitário, participamos numa caminhada no deserto após um desastre ambiental, seguimos uma mulher e a sua mãe idosa enquanto viajam pela Índia e, numa exploração do poder feminino, descobrimos como pessoas comuns se “levantaram” na Etiópia nos anos 1930 para defenderem o seu país contra os invasores italianos. É uma variedade maravilhosa e enriquecedora de histórias, e também extremamente emocionante”, afirmou Margaret Bubsy, citada no comunicado hoje divulgado pela organização do prémio.

Fora da lista de finalistas (shortlist) desta edição do Booker ficou a escritora inglesa Hilary Mantel, que se encontrava entre os 13 nomeados da longlist, anunciada no final de julho, com o livro The Mirror and the Light, depois de ter vencido o galardão, com os dois títulos anteriores da saga sobre Thomas Cromwell.

Outros autores previamente nomeados para o prémio, como Anne Tyler, com Redhead by the Side of the Road, e Colum McCann, com Apeirogon, também ficaram fora da lista de finalistas, assim como Gabriel Krauze (Who They Was), Kiley Reid (Such a Fun Age), Sophie Ward (Love and Other Thoughts Experiments) e C Pam Zhang (How Much of These Hills is Gold), que completavam a lista inicial de nomeados.

No ano passado, o Booker foi conquistado, em conjunto, por Os Testamentos, de Margaret Atwood, e Girl, Woman, Other, de Bernardine Evaristo.

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