Da Roménia para Bissau, por amor

Durante a Guerra Fria, estudantes guineenses levaram a sua cultura aos países do bloco de leste. Desse encontro nasceram relações que enfrentaram regimes e preconceitos. Não se sabe ao certo quantas mulheres acompanharam o regresso dos estudantes à Guiné-Bissau, mas foram poucas as que ficaram. Passados 30 anos da queda do Muro de Berlim, Gabi, Mariana e Maria contam como o cinema e o amor valeram um bilhete de ida para a terra a que hoje chamam casa.

Foto
Casamento de Maria Olteanu e Gabriel Lopes Correia (terceiro a contar da esquerda), em Ploiesti, Roménia, 1981

Na sede da Organização Mundial de Saúde na Guiné-Bissau, na capital do país, uma mulher de tez clara dá indicações a um jovem jardineiro. Com um corpo pequeno, mas de aparência forte, fala um crioulo fluente e seguro, orientando os trabalhos do dia no jardim de que tem de cuidar. Quando o discurso é em português, a voz sai-lhe com maior fragilidade, deixando antever a origem leste-europeia. Há 35 anos, Agapia Helena Semedo viajou da Roménia para a Guiné-Bissau, por amor. E não foi a única.

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