Rivalidade entre Thiem e Zverev chega à final do US Open

Será o décimo embate entre o austríaco e o alemão no circuito profissional.

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Alexander Zverev LUSA/JUSTIN LANE

Pela primeira vez na história centenária dos torneios do Grand Slam, irá ser coroado um campeão nascido nos anos 90. Dominic Thiem e Alexander Zverev são os dois últimos pretendentes e um deles irá fazer história neste US Open que, pela primeira vez desde 2014, irá coroar um estreante. Thiem pode suceder a Thomas Muster, único austríaco a vencer um major, enquanto Zverev pode imitar Boris Becker, o último alemão a triunfar no Grand Slam.

“Não há segredos entre nós, pois já nos defrontámos muitas vezes e também em ocasiões especiais, Temos uma bela rivalidade”, afirmou Thiem, que venceu sete dos nove duelos com o alemão, incluindo os três últimos, em 2018, 2019 e este ano, em Janeiro, na meia-final do Open da Austrália, em quatro sets, tendo ganho os derradeiros dois no tie-break. Além desse ascendente, o austríaco de 27 anos já esteve em três finais do Grand Slam: duas em Roland Garros (2018 e 2019), derrotado por Rafael Nadal em ambas, e na Austrália, onde perdeu com Novak Djokovic, cedendo apenas no quinto set.

Na meia-final, Thiem (3.º no ranking mundial) ultrapassou Daniil Medvedev (5.º) sem ceder um set, embora o russo tenha tido oportunidades de, pelo menos, estender o encontro. Tanto no segundo como no terceiro sets, o russo teve um break de vantagem e dispôs de um set-point. “Foi um encontro de muito alto nível. Provavelmente, foi o mais duro encontro que ganhei em três sets. Ele serviu para fechar os segundo e terceiros sets, mas, felizmente, joguei o meu melhor ténis na parte final desses sets”, admitiu Thiem, vencedor por 6-2, 7-6 (9/7) e 7-6 (7/5).

Zverev (7.º) somou 36 erros não forçados e cinco breaks concedidos nos dois sets iniciais que travou com Pablo Carreño Busta (27.º), mas, pela primeira vez em oito ocasiões, o alemão de 23 anos venceu um encontro depois de 0-2 em sets. “Olhei para o marcador e pensei: ‘estou numa meia-final do Grand Slam, estou a perder 6-3, 6-2, num encontro onde era suposto ser o favorito’. Precisava de jogar melhor, tentar algo novo. ‘Ok, vou set a set e ver até onde chego’. No fim, acabou bem”, contou Zverev, contente por ir estrear-se numa final do Grand Slam.

Entretanto, ficaram entregues os títulos de pares masculinos, ao brasileiro Bruno Soares e ao croata Mate Pavic, e femininos, à alemã Laura Siegemund e à russa Vera Zvonareva, de 36 anos e finalista em singulares há 10 anos – antes de ter sido mãe em 2016.

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