PS remete para “hora própria” comentário sobre candidatura de Ana Gomes

Desde que o PÚBLICO noticiou que Ana Gomes será candidata, a direcção do PS nada disse sobre presidenciais.

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José Luís Carneiro com António Costa LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, remeteu esta sexta-feira para a “hora própria” um comentário do partido sobre as eleições presidenciais, depois de ter sido questionado sobre a candidatura a Belém da socialista Ana Gomes.

“Como já dissemos em momento oportuno, há horas próprias, momentos próprios e locais próprios para avaliar e decidir sobre o modo como o PS encarará as eleições presidenciais”, assinalou José Luís Carneiro, na sede do partido, em Lisboa, depois de ter sido questionado sobre a candidatura a Belém da militante socialista e ex-eurodeputada Ana Gomes.

O número dois do PS salientou que as presidenciais “são eleições em que os cidadãos, de livre e de espontânea vontade, com autonomia e responsabilidade, se habilitam ao desempenho dessas funções e portanto não são candidaturas patrocinadas pelos partidos políticos”.

Ana Gomes anunciou publicamente a sua candidatura ao mais alto cargo da nação na quinta-feira, afirmando que não podia “desertar” do combate das próximas eleições presidenciais face à situação do país e considerando “inaceitável a desvalorização” deste ato eleitoral pelo PS.

Numa conferência de imprensa na Casa da Imprensa, em Lisboa, Ana Gomes disse que, “durante meses e meses”, esperou que o seu partido apresentasse um candidato próprio, saído das suas fileiras ou da sua área política, mas isso não aconteceu.

Não compreendo nem aceito a desvalorização de um acto tão significante como as eleições presidenciais. O Presidente da República não é eleito para governar, mas a Constituição atribui-lhe um papel vital no equilíbrio do sistema político e partidário. Cabe-lhe defender a Constituição”, declarou.

Neste contexto, Ana Gomes salientou que a sua candidatura representará “o campo do socialismo democrático, progressista”.

Ana Gomes tem considerado um erro a indefinição dos órgãos nacionais do PS em relação às próximas eleições presidenciais e afirmado por várias vezes que nunca quis uma candidatura que dividisse o seu partido.

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