Todos contra o Liverpool

Depois de uma época em que os “reds” quebraram com grande facilidade um jejum de três décadas sem títulos, a Premier League inglesa volta a ter muitos candidatos ao topo. E está mais “portuguesa”.

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Klopp, o homem que levou o Liverpool ao título Reuters/Phil Noble

Com 30 anos de frustrações acumuladas, o Liverpool arrasou toda a concorrência e conquistou o título da Premier League inglesa numa campanha quase perfeita. Jurgen Klopp foi justamente celebrado pelo seu trabalho e deixou toda a gente a pensar no que poderia fazer para desalojar os “reds”. Neste sábado arranca mais uma edição do campeonato mais rico do mundo, em que os principais candidatos (e não só) investiram bastante. Só o Liverpool, que tinha tudo no lugar (como ficou bem evidente pela campanha da época passada), é que praticamente não gastou neste mercado (mas ainda o pode fazer, falando—se muito no interesse em Thiago Alcântara).

Ninguém investiu mais neste mercado do que o Chelsea, depois de um castigo que impediu os londrinos de contratarem novos jogadores. Frank Lampard formou uma equipa competitiva com jovens da formação, mas agora, tal como os seus antecessores, tem o livro de cheques de Roman Abramovich para o que for preciso. Já gastou 223 milhões em quatro jogadores (Havertz, Werner, Chilwell e Ziyech) e recebeu sem custos dois bons reforços para a defesa, o experiente Thiago Silva e o jovem francês Malang Sarr.

Entre as equipas de Manchester ainda não há muita actividade de mercado. O City de Guardiola garantiu Nathan Aké e Ferran Torres, enquanto o United ainda só garantiu Donny van der Beek, mas está a negociar Jadon Sancho com o Borussia Dortmund. Entre os que são considerados candidatos, o Arsenal ainda só investiu 26 milhões em Gabriel (ex-Lille) e oito milhões para ficar com Pablo Mari em definitivo, e o Tottenham, de José Mourinho, ficou com Lo Celso a título definitivo e contratou Doherty, Hojberg e Hart, com um total de gastos de 65 milhões.

Numa liga que terá, pela primeira vez, Marcelo Bielsa (que comandou o Leeds United de volta à Premier League), o contingente português continua a ser forte. Para além dos dois treinadores (Mourinho e Nuno Espírito Santo), são 21 jogadores. Quase metade (nove) no Wolverhampton, que contratou dois jovens ao FC Porto (Fábio Silva, 40 milhões, e Vitinha, por empréstimo).

Cada uma das equipas de Manchester tem dois (Bruno Fernandes e Dalot no United; Cancelo e Bernardo no City), tal como o Everton (João Virgínia e André Gomes). Os restantes são Cédric Soares (Arsenal), Ricardo Pereira (Leicester City), Xande Silva (West Ham), Ivan Cavaleiro (Fulham) e Gedson Fernandes (Tottenham).

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