Azarenka nega a Serena o 24.º título do Grand Slam

Naomi Osaka é a outra finalista do US Open feminino.

Foto
Reuters/Danielle Parhizkaran

Sete anos depois de perder a segunda final consecutiva do US Open para Serena Williams, Victoria Azarenka vai ter uma terceira oportunidade de conquistar o título. Aos 32 anos, a bielorrussa voltou aos grandes palcos com um ténis agressivo, desta vez, aliado a uma atitude muito positiva e derrotou a norte-americana que procurava o 24.º título do Grand Slam. Mas há ainda uma campeã para defrontar, Naomi Osaka, que está de volta ao ténis que a levou a triunfar neste torneio, há dois anos.

“Sete é o meu número favorito, por isso, estava destinado a ser assim. O caminho para a final implica vencer as melhores jogadoras e hoje foi isso que aconteceu”, disse Vika após vencer a rival pela primeira vez num Grand Slam, com os parciais de 1-6, 6-3 e 6-3, ao fim de uma hora e 55 minutos.

No encontro entre duas mães e antigas líderes do ranking mundial, a bielorrussa não entrou bem, mas a partir do momento em que venceu um jogo de serviço e reduziu para 1-4, a confiança subiu e, se já não foi a tempo de discutir o set inicial, Azarenka reapareceu na segunda partida como a tenista que somou por vitórias todos os 10 encontros que realizara nas últimas três semanas.

Vencendo todos os oito pontos disputados no segundo serviço de Serena e assinando apenas um erro não forçado, a bielorrussa tomou o ascendente do encontro, traduzidos em dois breaks nessa partida e um terceiro no início do set decisivo. A capacidade defensiva de Serena ia diminuindo, mas a norte-americana de 38 anos ainda tentou reagir, só que a qualidade dos jogos de serviço de Azarenka impediram-na de ganhar mais do que dois pontos em cada.

“Quando vimos do nada e nos tornamos na jogadora número um do mundo, às vezes começamos a pensar que somos invencíveis e melhor que os restantes e não é verdade, O ego começa a crescer e é muito doloroso quando é ferido. Tentei mudar isso e aprender com os erros desse ego e percebi que sou um ser humano e tudo o que podemos fazer é tentar sermos a melhor versão de nós mesmos e continuar a evoluir”, afirmou Azarenka, mãe de Leo, nascido em 2016.

Na terceira final, após as de 2012 e 2013 – anos em que conquistou os seus dois títulos do Grand Slam, na Austrália –, Azarenka terá pela frente Naomi Osaka.

Sempre que a japonesa passou os oitavos-de-final num Grand Slam, acabou com o troféu de vencedora na mão: no US Open de 2018 e, quatro meses depois, no Open da Austrália de 2019. Nesta sexta-feira, a nona melhor tenista no ranking mundial confirmou a excelente forma ao derrotar a norte-americana Jennifer Brady (41.ª), por 7-6 (7/1), 3-6 e 6-3, numa meia-final de elevado nível técnico.

Osaka confirmou no tie-break a sua maior regularidade no set, com menos winners que a adversária, mas somente quatro erros não forçados e somente um ponto perdido nos pontos disputados com o primeiro serviço. Brady não acusou a perda do primeiro set no torneio e regressou ao encontro novamente muito agressiva e foi dela, novamente, a única ocasião de break, que concretizou – apos um ponto em que bateram 18 vezes na bola – acabando por decidir o set. Mas a consistência de Osaka prevaleceu e um break no quarto jogo do set decisivo desfez o equilíbrio num encontro em que ambas registaram mais winners – 35 para cada lado – que erros não forçados.

Na tarde desta sexta-feira, começaram a realizar-se as meias-finais masculinas, com o embate Alexander Zverev (7.º)-Pablo Carreño Busta (27.º), seguida do duelo Dominic Thiem (3.º)-Daniil Medvedev (5.º). Pela primeira vez em 16 anos, as meias-finais de um Grand Slam não contaram com Roger Federer, Rafael Nadal ou Novak Djokovic.

Sugerir correcção