Thiem tem no US Open a sua melhor oportunidade

Três mães nos quartos-de-final femininos é um facto inédito neste torneio do Grand Slam.

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Reuters/Danielle Parhizkaran

As presenças em duas finais e outras duas meias-finais têm colocado Roland Garros como o cenário ideal para o primeiro título do Grand Slam de Dominic Thiem. Mas a saída de Novak Djokovic — a juntar aos ausentes Rafael Nadal e Roger Federer — dos quartos-de-final do US Open abre novas perspectivas ao austríaco de 27 anos. A forma como, nos oitavos-de-final, ultrapassou Felix Auger-Aliassime, um dos mais talentosos tenistas da nova geração, confirmou que Thiem está pronto para conquistar um grande título.

“Fiz um grande jogo, o melhor desde que cheguei aos EUA. Mas, para mim, nunca fez diferença para a minha concentração se defronto um dos membros do Big 3 ou outro adversário. Claro que há uma maior oportunidade para nós vencermos um primeiro Slam, mas, para mim, as coisas não mudam muito”, concedeu Thiem, após bater o canadiano de 20 anos, por 7-6 (7/4), 6-1 e 6-1.

A verdade é que nem Nadal, nem Djokovic, os dois responsáveis pelas derrotas do número três mundial a partir dos quartos-de-final nos majors, vão atravessar-se à sua frente. Será, isso sim, Alex De Minaur (28.º), com quem só perdeu um set nos dois encontros anteriores.

No outro “quarto” da parte inferior do quadro, haverá um duelo entre russos. Daniil Medvedev (5.º) só cedeu cinco jogos ao norte-americano Frances Tiafoe (82.º) e Andrey Rublev (14.º) interrompeu a série de 51 jogos de serviço ganhos por Matteo Berrettini, (8.º), para eliminar o italiano em quatro sets.

No quadro feminino e pela primeira vez, três mães estão nos quartos-de-final de um torneio do Grand Slam. A Serena Williams e Tsvetana Pironkova, que venceram durante a tarde de segunda-feira, juntou-se Victoria Azarenka — eram nove, no início do US Open. “Espero que possamos ir o mais longe possível e que também inspire outras mulheres a perseguir os seus sonhos e não se identifiquem unicamente como mães”, disse Azarenka (27.ª), após eliminar Karolina Muchova (26.ª), por 5-7, 6-1 e 6-4.

A ex-número um mundial e dupla finalista do US Open terá como adversária, nos quartos-de-final, a belga Elise Mertens (18.ª), que eliminou a campeã do Open da Austrália, Sofia Kenin (4.ª), com um duplo 6-3. 

Em compensação pela “armada” dos EUA ter ficado reduzida a três jogadoras, Jennifer Brady (28.ª) garantiu já a presença de uma americana nas meias-finais, ao bater a cazaque Yulia Putintseva (23.ª), por 6-3, 6-2.

Entretanto, outra mãe está igualmente a destacar-se no US Open: Vera Zvonareva, vice-campeã de singulares em 2010, volta a uma final, agora de pares, aos 36 anos e mãe de Evelina, nascida em 2016.

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