CDS volta a pedir ao Governo plano de prevenção para evitar 2.ª vaga pandémica

Francisco Rodrigues dos Santos saudou o regresso das reuniões do Infarmed, lembrando que o CDS exerceu pressão política para isso desde a primeira hora.

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Francisco Rodrigues dos Santos de visita à capital do móvel LUSA/JOSÉ COELHO

Há uma semana, em comunicado, o líder do CDS O líder defendeu que o Governo devia apresentar um “plano de prevenção” para a retoma de diversas actividades económicas que evite uma segunda vaga de covid-19, assim como “constrangimentos na economia” que o “país não aguentará”.​ Nesta segunda-feira, Francisco Rodrigues dos Santos insistiu.

“Entendemos que, baseados nos comentários e nas opiniões destes especialistas, é necessário que o Governo elabore um plano de prevenção de covid-19 que evite uma segunda vaga e que torne desnecessários novos sacrifícios à economia que o país não vai aguentar com toda a certeza”, declarou o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos.

À margem duma visita à 54.ª Edição da Capital do Móvel - Feira de Mobiliário e Decoração - Associação Empresarial de Paços de Ferreira, que está a decorrer na Alfândega do Porto, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que o Governo, quando anunciou a situação de contingência, gerou um “clima de incerteza económica e social muito grande, quando devia gerar confiança e previsibilidade aos agentes económicas e às famílias”.

“[O Governo] devia elaborar um plano de prevenção que permitisse a retoma da economia em áreas que neste momento ainda estão suspensas e evitar discriminações entre vários sectores como de resto está a acontecer em Portugal”, reiterou.

Questionado pelos jornalistas sobre qual a opinião que tinha sobre o regresso das reuniões de apresentação sobre a “Situação Epidemiológica da COVID-19 em Portugal”, cuja iniciativa arranca hoje às 15h, no Porto, com a presença do Presidente da República, primeiro-ministro e de vários especialistas, designadamente Henrique de Barros, do Instituto Saúde Pública da Universidade Porto, e Ana Paula Rodrigues, do Instituto Ricardo Jorge, o presidente do CDS saudou a iniciativa.

“Saudamos o regresso a estas mesmas reuniões que, estou certo, para este facto muito contribuiu a pressão política que foi exercida pelo CDS desde a primeira hora”, declarou, acrescentando que é “positivo” haver uma hora aberta, porque não se deve “esconder o jogo dos portugueses”.

Francisco Rodrigues dos Santos adiantou ainda que a situação pandémica tem de ser analisada com base em “critérios técnicos”, “objectivos” e de “de saúde pública”, através dos quais sejam acautelados todos os riscos para que se evite “uma segunda vaga” e para que seja necessário que todos os portugueses tenham noção do estado real em que o país se encontra “para evitar cair na esparrela da propaganda do Governo”.

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