Egipto: Regime detém, humilha e difama testemunhas de violação em grupo que chocou país

Cairo tenta silenciar vítimas de um caso de 2014, acusando-as de “devassidão” e “danos à imagem do Egipto”. “É um momento assustador para as comunidades feministas e LGBTQ”, diz ONG.

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Com os mandados de detenção, em Julho e Agosto, as egípcias dizem ter chegado "a acreditar que o Governo estava" do seu lado Reuters/Asmaa Waguih

Durou pouco a esperança – vítimas e activistas lamentam agora a “ingenuidade” que lhes permitiu acreditar que o regime do Egipto estava finalmente determinado a combater as agressões sexuais, endémicas no país. Depois de uma campanha de activistas nas redes sociais, que denunciaram os nove suspeitos de violarem uma jovem de 18 anos durante uma festa num hotel de luxo do Cairo, um caso de 2014, a Procuradoria emitiu mandados de detenção contra os alegados violadores. Mas várias testemunhas foram detidas logo depois de testemunharem e enfrentam agora acusações judiciais.

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