Polícia Judiciária investiga partilha ilegal de jornais nas redes sociais

Queixa apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas motivou uma investigação pela Polícia Judiciária à partilha de edições de jornais e revistas pelas redes sociais.

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Versões digitais de jornais e revistas são disponibilizados ilegalmente nas redes sociais Nelson Garrido

A Polícia Judiciária (PJ) abriu uma investigação à pirataria de jornais pela internet. Segundo o Jornal de Notícias, a investigação foi desencadeada depois de uma queixa do Sindicato dos Jornalistas (SJ), que quer travar a partilha ilegal de jornais por parte de assinantes.

Durante o confinamento, a partilha ilegal de conteúdos impressos nas redes sociais cresceu exponencialmente. Vários indivíduos, com assinaturas em órgãos de comunicação social, pagam as edições de jornais e revistas e espalham pelas redes sociais, às vezes lucrando com essa partilha.

A prática impacta negativamente os jornais e revistas, que vêm conteúdos pagos a serem distribuídos gratuitamente.

Segundo o Jornal de Notícias, o SJ apresentou queixa do crime de violação de direitos de autor junto do Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República e da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ.

Em Abril, 20 directores de jornais e revistas, incluindo o PÚBLICO, assinaram uma carta numa “iniciativa inédita”, em que pediam aos portugueses para não prejudicar a sustentabilidade económica do jornalismo em tempo de pandemia.

“Na actual situação extraordinária em que vivemos a importância do acesso a informação credível tem sido ainda mais realçada. Sentimos essa exigência todos os dias por parte de si e estamos deste lado a trabalhar continuamente para lhe fazer chegar os melhores conteúdos. (…) Para conseguirmos manter a qualidade precisamos da sua colaboração no combate à pirataria”, disseram então os directores.

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