Espanha salva-se na Liga das Nações com golo aos 90+4’

Ainda desta quinta-feira destaque para o grande golo do benfiquista Seferovic. A Suíça perdeu frente à Ucrânia, por 2-1, mas o avançado do Benfica marcou aos 41’, com um remate de fora da área.

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Draxler e Thiago em acção em Estugarda Reuters/KAI PFAFFENBACH

Estava tudo preparado para a quebra de um registo histórico, mas um golo os 90+4’ permitiu à selecção espanhola empatar frente à Alemanha, a um golo, no primeiro jogo do grupo 4 da Liga A da Liga das Nações. Este resultado permite aos espanhóis prolongarem a sequência de quatro anos a marcarem em todos os jogos.

Segundo o site Mister Chip, a Espanha soma, desde o Euro 2016, 41 jogos consecutivos a marcar, naquela que é a quarta melhor série de uma equipa na história do futebol de selecções.

Em Estugarda, a primeira parte trouxe um jogo interessante de seguir. Mesmo com a maioria dos jogadores em fase de pré-temporada nos respectivos clubes, houve um ritmo alto e, sobretudo, muita capacidade de colocar jogadores em zonas de finalização.

Por outro lado, a falta de ritmo competitivo também poderá explicar o alto número de erros técnicos dos jogadores, com vários passes falhados em zona de construção – sobretudo do lado da Alemanha.

Com três oportunidades para cada lado, até nisso existiu equilíbrio. A Alemanha começou por assustar aos 11’, com um cabeceamento de Kehrer para defesa de De Gea.

Três minutos depois, um mau passe de Can deixou Rodrigo perante Trapp. O guardião alemão abordou mal o lance, mas Rodrigo demorou a rematar para a baliza deserta, permitindo um carrinho de Trapp, que salvou o lance. No contra-ataque, Draxler voltou a chamar De Gea ao serviço.

Houve ainda um bom remate em arco de Sané, para uma grande defesa de De Gea, e um remate fraco de Busquets, no centro da área, para defesa fácil de Trapp. Também Rodrigo pôde rematar para nova defesa de Trapp, já perto do intervalo.

Em suma, uma primeira parte recheada de bons lances e com muita preponderância dos guarda-redes.

Após o intervalo houve Ansu Fati em campo do lado espanhol – o jovem do Barcelona foi o estreante mais jovem na selecção espanhola desde Zubieta, no longínquo ano de 1936.

E foi já com Fati em campo que a Alemanha apanhou a equipa espanhola desequilibrada. Gundogan fez um grande passe longo, Gosens assistiu Werner e o avançado contratado pelo Chelsea tirou Ramos e Pau Torres do caminho antes de rematar cruzado, sem hipótese para De Gea.

Aos 60’, Sané foi lançado em profundidade e assistiu Werner para um golo que seria fácil, mas o passe saiu forte o suficiente para roubar ângulo à finalização do avançado. E o remate saiu para fora.

A cerca de 25 minutos do final do jogo a Alemanha trocou Sané pelo central Ginter e foi nessa fase que baixou declaradamente as linhas.

O recuo da equipa alemã permitiu à selecção espanhola dominar a partida e jogar praticamente em meio-campo, mas o jogo continuou recheado de remates – nem sempre oportunidades claras de golo, mas muitos tiros às balizas.

Apesar de quase meia hora de domínio territorial e de alguns remates, a Espanha não conseguiu oportunidades claras de golo. Eis que, aos 90+4’, um lance confuso, com um jogador alemão fora do campo, permitiu a Gayá finalizar perto da linha de baliza, com os jogadores alemães a pedirem fora-de-jogo.

Ainda desta quinta-feira de Liga das Nações destaque para o grande golo do benfiquista Seferovic. A Suíça perdeu frente à Ucrânia, por 2-1 (marcaram Yarmolenko e Zinchenko – este último com um grande golo), mas o avançado do Benfica marcou aos 41’, com este remate de fora da área.

Foi o 19.º golo de Seferovic pela selecção da Suíça em 65 jogos disputados.

Nota ainda para um dos jogos grandes do dia, que terminou com o triunfo da Rússia frente à Sérvia, por 3-1. Karavaev e Dzyuba (bis) marcaram pelos russos, Mitrovic reduziu para a selecção dos Balcãs.

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