Aberta investigação depois de descobertos 11 elefantes mortos no Zimbabwe

Os elefantes mortos eram jovens adultos entre cinco a seis anos e jovens por volta dos 18 meses. Autoridades descartam caça furtiva e envenenamentos.

Foto
Elefantes no Parque Nacional Hwange Philimon Bulawayo

As autoridades responsáveis pela vida selvagem no Zimbabwe abriram uma investigação sobre a morte de 11 elefantes perto da reserva Hwange, a maior do país, afirmou este domingo, 30 de Agosto, um porta-voz dos parques nacionais.

Onze carcaças de elefantes foram descobertas na sexta-feira e uma outra no sábado, na floresta Pandamasuwe, entre Hwange, perto da fronteira com o Botswana, e a cidade de Victoria Falls, segundo Tinashe Farawo, porta-voz da autoridade responsável pelos parques nacionais.

Foto
Um guarda aproxima-se de uma carcaça de elefante, em Outubro de 2019, no Parque Nacional Hwange, no Zimbabwe. Philimon Bulawayo/Reuters

“Excluímos pistas como caça furtiva porque as presas estão intactas ou envenenamento por cianeto porque nenhum outro animal foi afectado, incluindo os abutres”, afirmou à agência francesa France-Presse.

Os elefantes eram jovens adultos entre cinco a seis anos e jovens por volta dos 18 meses, segundo a mesma fonte. As descobertas iniciais apontam para a presença de bactérias porque os elefantes “estão em tal superpopulação que a sua vegetação favorita desapareceu e eles acabam por comer qualquer coisa, incluindo plantas venenosas”, explicou Farawo.

O Zimbabwe é o lar de mais de 84 mil elefantes, mas tem apenas uma capacidade estimada entre 45 mil e 50 mil. A reserva Hwange abriga entre 45 mil a 53 mil e tem uma capacidade de 15 mil, de acordo com o porta-voz. Em 2019, mais de 200 elefantes morrem no Zimbabwe por causa da seca prolongada.

As misteriosas mortes neste ano de mais de 300 elefantes no país vizinho Botswana, que tem 130 mil elefantes em liberdade, a maior população do mundo, foram atribuídas a toxinas naturais.

Sugerir correcção