Sem o rock, não é possível conhecer a arte contemporânea dos últimos 40 anos

Na Pavilhão Branco das Galerias Municipais de Lisboa, a partir da colecção de António Neto Alves, velvetnirvana explora uma das histórias mais bonitas e excitantes dos últimos 50 anos: o convívio criativo, saudável e promíscuo entre a música pop-rock e a arte contemporânea. De Nova Iorque para o Mundo, dos Velvet Underground a Kurt Cobain.

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PEDRO DUARTE

“Disseram-me que, em Lisboa, é o único sítio onde se pode dançar”. A frase de Miguel Von Hafe Pérez parece hiperbólica, mas em velvetnirvana, no Pavilhão Branco, em Lisboa, há pessoas que, ciciando refrães e palavras, batem o pé, baloiçam o corpo. Numa alegria silenciosa, melancólica, eles e elas bailam entre fotografias, livros, cartazes, fanzines, flyers, revistas e memorabilia, coisas que compõem a exposição. Os nomes e as imagens são-lhes (são-nos?) familiares: Iggy Pop, Patti Smith, Lou Reed, Ramones, Sex Pistols, Joy Division, Talking Heads, Sonic Youth, Kurt Cobain. Como também são as canções que ali ecoam, reunidas numa playlist invisível. É por causa delas, que os visitantes, todos a solo, ainda dançam. E dançarão até 27 de Setembro.

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