GNR identifica dezenas de jovens em Caminha e Viana do Castelo. Ajuntamentos eram convocados no WhatsApp

Os adolescentes encontravam-se em grupos com mais de 20 pessoas e não usavam máscara.

Foto
Os dois grupos encontravam-se em Moledo e no Miradouro de Santo Antão, no concelho de Caminha daniel rocha/ARQUIVO

A GNR identificou, em oito dias, dezenas de jovens que participavam em ajuntamentos em praias de Caminha e Viana do Castelo, em infracção às regras definidas para o combate à covid-19, disse nesta quinta-feira à Lusa fonte desta força policial.

Fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo adiantou que na madrugada de quinta-feira foram identificados “entre 20 a 30 jovens, a grande maioria com idades a partir dos 15/16 anos”, em “dois grupos que se encontravam em Moledo e no Miradouro de Santo Antão, no concelho de Caminha”, por participação em ajuntamentos com mais de 20 pessoas que não usavam máscara.

De acordo com aquela fonte, “a grande maioria dos jovens identificados são do distrito de Viana do Castelo, mas há ainda também pessoas de Braga, Porto e outras zonas do país que se encontram na região a passar férias”.

Questionado pela Lusa, a fonte da GNR informou que os encontros entre jovens que têm acontecido desde meados de Agosto são marcados para locais relativamente isolados e convocados por WhatsApp.

“O percurso não é sempre o mesmo e, quando os desmobilizamos de um local, combinam o ponto de encontro seguinte. Por norma, os jovens juntam-se após o encerramento de bares e cafés, sendo que os ajuntamentos terminam cerca das 6h, em Caminha, onde temos detectado alguma concentração junto a uma pastelaria”, precisou.

A mesma fonte adiantou que na praia da Arda, em Afife, no concelho de Viana do Castelo, onde na última semana foram identificados dezenas de jovens que participavam num ajuntamento com cerca de 200 a 300 pessoas, foram vandalizadas diversas infra-estruturas de apoio à praia, além de lixo no parque de estacionamento.

A 13 de Agosto, o presidente da Câmara de Caminha anunciou o reforço do policiamento no centro histórico face ao previsível aumento de visitantes e como forma de prevenir a propagação do novo coronavírus. O autarca socialista justificou o reforço de policiamento “nas ruas onde costuma acontecer a diversão nocturna”.

“O reforço da GNR não está ligado a nenhuma notícia do presente. Não há registo de casos activos de covid-19 no concelho. Na verdade, o número de doentes tem sido baixo. A generalidade das pessoas tem cumprido as normas e os estabelecimentos, salvo poucas excepções, cumprem as regras. Mas não podemos facilitar, nem dar mostras que abrandamos no rigor”, frisou Miguel Alves, citado numa nota enviada à imprensa.

Sugerir correcção