Governo acelera contratação de dragagens em Vila do Conde e Póvoa de Varzim

Ministério do Mar iniciou consulta prévia “por motivos de urgência”, para investimento de 1,45 milhões de euros que permita repor a segurança da navegação nestes dois portos.

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Pescadores vêem pedindo intervenção no porto da Póvoa de Varzim Paulo Pimenta

O Ministério do Mar deu ordens para a abertura de ​"um procedimento por consulta prévia por motivos de urgência imperiosa” para a contratação de dragagens nos portos de Vila do Conde e Póvoa de Varzim. O concurso, aberto na terça-feira, pressupõe um investimento de 1,46 milhões de euros na retirada de sedimentos, de modo a repor a segurança da navegação das embarcações. 

Em comunicado, o Ministério do Mar explica que “os vários episódios de elevada precipitação que ocorreram no norte do país durante este verão, provocaram cheias intensas nas várias linhas de água, com o consequente arraste de sedimentos, que se depositaram na parte terminal dos rios e estuários”, afectando os portos da Póvoa do Varzim e Vila do Conde. “Para fazer face aos condicionamentos na utilização destes portos, com o aumento do risco para pessoas e embarcações, o Ministério do Mar, através da Direcção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), vai avançar com a empreitada de dragagem nas barras da Póvoa de Varzim e Vila do Conde.

 A tutela adianta, nesta nota, que “a DGRM tinha já previsto, de acordo com o proposto no Plano Plurianual de Dragagens, executar dragagens de manutenção nestes portos nos próximos 12 meses”. No entanto, acrescenta, “dado ao carácter de urgência desta intervenção, a DGRM vai adoptar um procedimento por consulta prévia por motivos de urgência imperiosa”, dada a necessidade de “repor a segurança da navegação”. 

No sábado passado, armadores e dirigentes das associações sediadas nos dois concelhos estiveram reunidos na sede da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, no porto da Póvoa, para discutir e reivindicar melhorias nas condições de navegação nos dois portos usados por uma das maiores comunidades piscatórias do país. No Rio Ave, em Vila do Conde, estão instalados quatro estaleiros essenciais para a manutenção de toda a frota da pesca artesanal, e que acabam por ser também afectados pelas condições de navegabilidade do estuário. 

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