O seu filho precisa de óculos? Saiba o que deve ter em conta na hora de escolher

Sejam óculos de sol ou tratamento, há uma série de factores a ter em conta ao escolher os óculos das crianças, especialmente quando estamos quase de regresso às aulas. Saiba por onde (e como) deve começar no que toca à saúde visual dos mais novos.

Foto
D.R.

Em crescente processo de crescimento e de aquisição de novas aprendizagens, as crianças estão entre as faixas etárias que mais esforçam diariamente a visão. Sobretudo durante os períodos escolares - mas não só.

Nos últimos (e atípicos) tempos, devido à pandemia que remeteu o ensino para o mundo digital, os quadros de sala de aula foram trocados pelos ecrãs de computadores, tablets ou telemóveis. E a visão foi um dos atributos mais afectados: adultos incluídos.

Porquê prevenir a saúde ocular dos mais novos?

Cerca de 20% das crianças em idade escolar têm algum défice da função visual que pode interferir com o sucesso escolar, segundo dados da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. É por isso que os rastreios visuais devem começar a partir dos 2/4 anos, para que a detecção deste problema seja precoce e se evitem sintomas como dores de cabeça, olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes, sinal de que a criança possa ter ou os chamados erros refractivos (miopia, hipermetropia e astigmatismo), ambliopia (ou olhos preguiçosos) ou estrabismo.

António Morais, optometrista da Alberto Oculista, explica quais devem ser os passos fundamentais na escolha das particularidades dos óculos, sejam eles óculos de sol (o Verão ainda não acabou e os dias de sol ainda estão para ficar) ou óculos de tratamento - das armações às lentes.

Os óculos certos. Da personalidade ao formato

Diagnósticos à parte, embora muitos pais acreditem que a primeira escolha a ter em conta, quando chega a hora de ir com as crianças ao oculista, são os materiais e o formato, o especialista António Morais revela que, embora esses critérios sejam fundamentais, tudo é muito relativo. Primeiro, há que ter em conta a personalidade das crianças (sim, leu bem!). Por exemplo, se a criança é irrequieta e gosta de brincar na rua ou faz desporto de contacto, poderá usar um tipo de óculos, se é mais sossegada e opta por fazer brincadeiras em casa, a escolha pode ser muito diferente.

António Morais explica. “Dos 0 aos 5 anos, em situação pré-escolar (em que as mãos são irrequietas e querem mexer em tudo) não há ainda muita importância estética” começa por dizer, acrescentando que, para essa faixa etária, “aconselharia óculos em silicone ou de massa, com banda ou elástico para prender à cabeça, e com lentes resistentes.” Aliás, como rectifica depois, as lentes de alta-resistência devem ser usadas em crianças de todas as idades. E acrescenta que “a partir destas idades, os óculos em massa passam a ser suficientes e mais tarde, na adolescência, podem usar outros materiais.”

A graduação é um critério que também pode influenciar, e muito, a escolha. “Se [a graduação] é elevada, se [a criança] tem astigmatismo, se é miope ou hipermetrope, se tem ambliopia e necessita de terapia visual com oclusão de um olho” exemplifica. Sejam óculos de sol ou de tratamento, todas as lentes devem ter protecção UV. 

Para António Morais, os materiais importam significativamente, assim como o tamanho dos óculos. “Se as armações forem leves tanto melhor, mas devem ter uma superfície de lente que permita à criança ver através delas em todas as ocasiões (às vezes, as crianças olham por cima dos óculos) ou seja, não podem ser muito pequenas” alerta. Para isso, “a ponte da armação deve ser bem escolhida para que os óculos assentem bem no nariz” pois em crianças de pequena idade o nariz ainda não está completamente formado, conclui.

Depois, a partir de uma certa idade, e como com o avançar da idade a estética passa também a ser um critério para as próprias crianças, “as armações devem ser apelativas e as lentes não com muita espessura, pois se acharem os óculos pouco apelativos não vão querer usá-los, e vão e tirá-los quando não tiverem supervisão” aconselha, fruto da sua experiência em loja com pais e filhos. Por fim, relembra ainda que se as crianças praticam desporto “há armações próprias para desporto de contacto que juntamente com as lentes de alta-resistência formam uma boa alternativa.”

Conheça algumas das propostas de armações e óculos de sol para criança, disponíveis nas lojas físicas Alberto Oculista. 

Fotogaleria

Conforto e encaixe perfeito

Para garantir que os óculos não causam qualquer desconforto no rosto de miúdos e graúdos, a Alberto Oculista lançou um novo e exclusivo serviço de óculos personalizados e feitos à medida de cada rosto.

Graças ao software VEA (Virtual Eyewear Assistant), da Thema Optical, cada par de óculos é uma peça única e moldada à fisionomia do rosto, fabricada exclusivamente de acordo com as medições biométricas e características escolhidas. O serviço está já disponível nas lojas físicas Alberto Oculista.