Orientações para a Festa do Avante! não estão fechadas

A DGS diz estar a “analisar o evento como aquilo que é: Um evento de massas”.

Foto
Festa do Avante! Pedro Fazeres

A definição das orientações de segurança e das condições de realização da Festa do Avante!, por causa da pandemia de covid-19, ainda não está fechada, revelou nesta segunda-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

“As regras não estão encerradas. A DGS está a analisar o evento como aquilo que é: Um evento de massas. É uma análise de muito pormenor, que permita que o evento possa decorrer com as regras em vigor e que permitam a segurança de quem for ao evento”, afirmou a directora-geral da Saúde.

Na conferência de imprensa de actualização sobre a pandemia, Graça Freitas vincou a responsabilidade do Partido Comunista Português (PCP) em assegurar o cumprimento das normas de prevenção da propagação do coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença Covid-19, venham a ser estabelecidas para o evento, agendado para os dias 4, 5 e 6 de Setembro, no Seixal.

“Nesta questão da segurança, além das regras, há uma grande responsabilidade da entidade promotora em fazer cumprir e observar em cada momento as regras que forem acordadas. Ainda não está encerrado, mas é um processo de negociação em que iremos chegar a um acordo”, frisou.

Confrontada também com a realização neste fim-de-semana de um concerto em Fafe que juntou milhares de pessoas, a directora-geral da Saúde foi taxativa na manifestação de “preocupação” pelos riscos de expansão de casos de covid-19 associados à concentração destas pessoas.

“Todas as situações que colocam um risco têm da DGS uma forte reacção de preocupação. O contacto físico é o maior de todos os riscos, e o contacto de múltiplas pessoas de múltiplas origens aumenta muito o risco. A DGS expressa a sua preocupação por essa festa. Espero que daqui não resulte nenhum surto. Faço um apelo a quem esteve presente neste evento e que venha a ter sintomas para contactar de imediato a Linha SNS 24”, observou.

A concentração nas escolas com o regresso às aulas presenciais para todos os ciclos a partir de Setembro foi outro dos tópicos abordados na conferência. Graça Freitas revelou que “não há nenhuma alteração substancial nas orientações” para os transportes escolares e notou que a definição do modelo de trabalho para professores inseridos em grupos de risco “cabe a cada agrupamento”, envolvendo ainda o Ministério da Educação.

Já sobre as aulas de Educação Física, a posição assumida pelas autoridades vai “sair brevemente”, segundo a directora-geral, e irá na direcção da promoção da actividade física e do seu faseamento nas escolas, para evitar a formação de grandes aglomerados.

Em Portugal, morreram 1.801 pessoas das 55.720 confirmadas como infectadas, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

Sugerir correcção