O nacional-vigarismo

Na extrema-direita internacional, a vigarice é mais do que uma compulsão, é um dos fundamentos da sua ideologia: o vigarismo.

A semana passada foi preso Steve Bannon, guru da extrema-direita mundial que dirigiu a campanha de Trump e o levou ao poder, por ter desviado cerca de um milhão de dólares de uma recolha de fundos destinada a construir o famoso muro que Trump prometeu fazer na fronteira com o México. Segundo a acusação, Bannon desviou esse dinheiro para gastar em coisas como carros novos, obras em casa e tratamentos estéticos e de cirurgia plástica (estes últimos, de orçamento ilimitado e resultados limitados). O que é interessante do ponto de vista nacional é que ainda Bannon não estava cá fora de novo, após pagamento de uma fiança de cinco milhões de dólares, e o líder da extrema-direita em Portugal já se solidarizava com ele, alegando que “a prisão de Steve Bannon por uma questão qualquer de angariação de fundos” seria um sinal de “instrumentalização da justiça” que ele deseja “que nunca aconteça cá” agora que supostamente o seu partido “começa a incomodar tanto”.

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