Covid-19: Itália começa a testar em humanos vacina criada e desenvolvida no país

Milhares de pessoas responderam ao pedido de voluntários, mas na primeira fase apenas 90 serão submetidos aos testes. Primeiros resultados das provas pré-clínicas evidenciaram uma forte resposta imunitária e um bom perfil de segurança.

Ratos, macacos, humanos: os caminhos de uma vacina até ao mercado CAROLINA PESCADA

A Itália começa na segunda-feira a testar em 90 pessoas uma vacina criada e desenvolvida no país contra o novo coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela doença da covid-19, anunciou a empresa biotecnológica ReiThera.

Milhares de pessoas responderam ao pedido de voluntários, entre as quais mais de 5.000 só na última semana, mas apenas os 90 selecionados serão submetidos aos testes a realizar no Instituto Nacional de Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani.

A vacina, criada, desenvolvida e patenteada no país, já superou as provas pré-clínicas realizadas tanto in vitro como em animais e os primeiros resultados evidenciaram uma forte resposta imunitária e um bom perfil de segurança, de acordo com as autoridades da região de Lazio, que tem Roma como capital, que financiou a investigação da vacina com 5 milhões de euros.

Os primeiros cinco voluntários a receber a vacina são homens, entre os 31 e os 46 anos, que superaram os exames médicos preliminares e comprovaram a sua idoneidade.

Se não apresentarem efeitos secundários adversos significativos, a vacina será, então, aplicada numa dose maior ao um segundo grupo de voluntários entre 7 e 9 de Setembro.

Os 90 voluntários escolhidos dividem-se em duas faixas etárias, uma entre os 18 e os 55 anos e outra entre os 65 e os 85 anos, cada uma das quais dividida em três subgrupos de 15 pessoas, às quais será aplicada uma dose diferente da vacina.

Durante a “fase 1”, cada voluntário vai receber uma dose da vacina e, posteriormente, será submetido a sete controlos, os dois primeiros apenas alguns dias após a vacina e o último ao fim de 24 semanas.

Se os resultados da “fase 1” forem positivos, a “fase 2” poderá arrancar já durante o Outono, com um maior número de voluntários, tanto em Itália como noutros países.

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