Arqueólogos alertam para o risco de destruição de património subaquático no Arade, em Portimão

Mais de 4 milhões de metros cúbicos de areias e outros sedimentos vão ser dragados do porto e depositados no mar e nas praias. O autarca de Lagoa diz estar “preocupado” com a possível morte dos bancos de pesca e contaminação das zonas balneares.

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Canhões descobertos no rio Arade, actualmente em exposição no Museu de Portimão

As dragagens programadas para o porto de Portimão poderão conduzir à destruição “irreversível” do património subaquático no rio Arade. O alerta vem dos investigadores do CHAM- Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas das Universidades Nova de Lisboa e Universidade dos Açores. Os arqueólogos contestam o facto do “projecto de execução” da obra ter sido submetido a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), sem que fosse efectuado um “diagnóstico completo” dos valores em presença. Dois barcos de madeira, afundados nos séculos XVIII-XIX, estão “relativamente bem estudados”,- mas na área dos 120 hectares abrangidos pela intervenção há indícios de mais quatro navios, que exigem mais conhecimento, avisam.

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