A paisagem invisível que nos mata a sede

À maior área protegida do país não faltam atractivos em qualquer época do ano. Mas os seus habitats mais sensíveis podem parecer pouco importantes e passar despercebidos aos visitantes, daí ser tão importante que não os danifiquem.

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A Torre já se avista ao longe quando o carro que nos serve de guia pára à nossa frente. O dia queima, mas ali, a cerca de 1700 metros de altitude, a Serra da Estrela oferece uma brisa mais fresca, que atenua um pouco o calor que se sentia ainda há menos de uma hora, algumas centenas de metros mais abaixo. Jacinto Diamantino, directo das Áreas Classificadas da Região Centro do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), dirige-se para um terreno arenoso, protegido do acesso de automóveis por pequenas estruturas em pedra. “Isto parece um local degradado, não é? Já foi o regabofe dos anos 1980, depois o parque foi criando estes dispositivos para impedir que as pessoas entrem. Porquê, num sítio sem grande importância? Na realidade, isto é um habitat prioritário, da Rede Natura 2000. É único”, diz.

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