Médicos viram “doentes desidratados, desnutridos e desorientados” em Reguengos e avisam: maioria não morreu de covid

Auditoria da Ordem dos Médicos descreve condições em que estavam os idosos no lar de Reguengos de Monsaraz devido ao surto de covid-19 que provocou a morte de 18 pessoas. ARS do Alentejo diz que o relatório não tem fundamento.

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LUSA/NUNO VEIGA

É um cenário de atrasos sistemáticos, de descoordenação, de falta de condições básicas e mesmo de alegada negligência aquele que é descrito no relatório da comissão de inquérito da Ordem dos Médicos (OM) ao surto de covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz. Dos “quatro relatórios” sobre o surto no lar de idosos da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva que o Presidente da República defendeu neste fim-de-semana que devem ser lidos e cruzados, o que resultou desta auditoria da OM será o mais pormenorizado e contundente. “A maioria das mortes não ocorreu por pneumonia covid-19, mas sim por outras causas, nomeadamente falência renal, provavelmente por impossibilidade de uma monitorização contínua clínica e laboratorial adequada”, concluem os médicos que assinam este documento com perto de meia centena de páginas. O surto provocou 18 mortes - 16 utentes, uma funcionária do lar e um motorista da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz.

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