Exportações da indústria florestal cresceram em 2019

Segundo números apresentados pela Direcção-Geral das Actividades Económicas, a fileira florestal mantém a tendência de crescimento ao longo da última década e contribui para uma balança comercial positiva no sector.

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Nelson Garrido

O ano de 2019 marcou mais um período de crescimento para as exportações da fileira florestal portuguesa. De acordo com informação publicada no website Florestas.pt – uma iniciativa do Raiz - Instituto de Investigação da Floresta e do Papel , os números, que dão continuidade a uma tendência iniciada “há uma década”, indicam um resultado de 5974,8 milhões de euros, valor que tem crescido, ano após ano, desde os 4025 milhões registados em 2010. Estes dados resultam de indicadores preliminares divulgados pela Direcção-Geral das Actividades Económicas, e dizem respeito aos sub-sectores industriais da madeira e cortiça, da pasta e papel, e de mobiliário e colchões.

Embora tenha crescido em termos absolutos, o contributo da fileira para o total de exportações portuguesas foi de 10%, o que representa também uma ligeira diferença face aos 10,2% que tinha totalizado no ano anterior.

A balança comercial portuguesa também sentiu os benefícios destes números, já que o valor das importações feitas pelas indústrias em questão está abaixo do montante das exportações. Ainda assim, em comparação com o ano anterior, 2019 também ficou marcado por um ligeiro aumento das importações de materiais de base florestal (3084,5 milhões de euros, face aos 3005,8 milhões de 2018), dando continuidade à tendência registada desde 2013.

Numa análise sectorial, a indústria da pasta e papel contribuiu para mais de 43% do total de exportações florestais de 2019, o que se traduz em 2595,1 milhões de euros. Embora se mantenha como a actividade da fileira florestal que mais contribuiu para as exportações, o sub-sector reduziu ligeiramente o montante exportado, que tinha totalizado 2611 milhões de euros no ano anterior. As importações seguiram o mesmo comportamento.

No que respeita ao sub-sector da madeira e da cortiça, este contribuiu com 27% das exportações, enquanto o de mobiliário e colchões assegurou 29,6%, o que equivale a 1609,8 e 1.769,8 milhões de euros, respectivamente.

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