Mais duas mortes por covid-19 e 235 novos casos em Portugal

Dos novos casos, 149 foram identificados na região de Lisboa e Vale do Tejo, o que representa 63% do total. As duas mortes ocorreram na mesma região.

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Paulo Pimenta

Portugal regista esta sexta-feira mais duas mortes por covid-19 e 235 novos casos de infecção, um aumento de 0,4%. São menos 90 casos em relação ao dia anterior, quando o número diário de infecções foi o maior em quase um mês (325). Desde o início da pandemia, o país contabiliza 1772 óbitos e 53.783 casos de infecção.

Dos novos casos, 149 (63%) foram identificados na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde ocorreram as duas mortes registadas nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados esta sexta-feira no boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS), actualizado diariamente.

Recuperaram mais 197 pessoas relativamente ao dia anterior, num total de 39.374. Há 12.637 casos activos neste momento, mais 36 do que na quinta-feira. Este número resulta da subtracção dos recuperados e dos óbitos ao total de infecções e está a subir há três dias.

Estão internadas 348 pessoas (menos dez do que na quinta-feira), das quais 41 em unidades de cuidados intensivos (mais duas do que no dia anterior).

As duas pessoas que morreram nas últimas 24 horas eram uma mulher com 60 a 69 anos de idade e um homem com mais de 80 anos. Das pessoas que morreram com covid-19 em Portugal, cerca de 86,4% tinham mais de 70 anos. A taxa de letalidade global é de 3,3% e sobe para 15,7% em pessoas com mais de 70 anos.

Lisboa e Vale do Tejo é a região do país com mais casos de infecção: 27.794. Seguem-se o Norte (19.353, mais 52 do que na quinta-feira), o Centro (4568, mais oito), o Algarve (957, mais 11) e o Alentejo (799, mais 13). Os Açores registam 184 infecções (o mesmo número do dia anterior) e a Madeira 128 (mais duas).

O maior número de mortes por covid-19 ocorreu na região Norte: 838. Depois surgem Lisboa e Vale do Tejo (627), Centro (253), Alentejo (22), Algarve (17) e Açores (15). A Madeira não tem registo de vítimas mortais.

"Estamos numa situação de estabilidade”, garante Marta Temido

Na conferência de imprensa da Direcção-Geral da Saúde sobre a situação pandémica, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que o crescimento de novos casos poderá não ser suficiente para “caracterizar estarmos perante uma segunda vaga”. No entanto, a ministra da Saúde salientou que “até uma vacina ou um tratamento eficaz estar disponível”, a covid-19 “persiste e portanto estamos sujeitos pelo menos a ondas”.

Sobre Portugal, que apresenta uma média de 24o casos por dia (esta sexta-feira foram registados 235), a ministra da Saúde considera que a situação no país está estável. “Diria que estamos numa situação de estabilidade”. “Há mais momentos de convívio e portanto infelizmente há mais risco, portanto há surtos aos quais não conseguimos obviar completamente e portanto há novos casos”, disse Marta Temido.

Marta Temido não respondeu quando questionada sobre as máscaras criadas em Portugal com capacidade comprovada para inactivar o novo coronavírus, não dizendo se confia ou não nestas novas máscaras, optando antes por reforçar as orientações de saúde durante a pandemia.

A ministra da Saúde disse que o Ministério da Saúde acompanha com “cuidado aquilo que são os novos produtos nesta área, mas com grande cautela, com a convicção e precaução de que estamos falar muitas vezes produtos totalmente novos e portanto temos que monitorizar”, disse, afirmando de seguida que devem ser utilizadas "as três regras tantas vezes repetidas ao longo destes meses": o distanciamento físico, a lavagem frequente das mãos e etiqueta respiratória e o uso de máscaras “certificadas”.

As máscaras em questão são as MOxAd-Tech e a garantia de inactivação do vírus veio do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.

Não há utentes infectados nos cuidados integrados e continuados

Marta Temido anunciou que à meia-noite desta sexta-feira não havia utentes infectados na rede nacional de cuidados integrados e continuados.

“É uma boa notícia, é uma notícia que faz jus àquilo que foi um esforço intenso das equipas que trabalham nestas unidades”, disse a ministra.

Nem o subdirector-geral da Saúde, Rui Portugal, nem a ministra da Saúde apresentaram dados sobre o número de crianças e jovens internados em unidades de cuidados intensivos, prometendo fazer esse apuramento. No entanto, Rui Portugal aproveitou para esclarecer que há jovens que continuam a necessitar de cuidados especiais.

“Obviamente que a situação é caso a caso. Temos jovens no nosso país com morbilidades, com doenças crónicas, e naturalmente uma situação de contágio com esta doença é uma situação com grande gravidade. Temos de estar atentos, mas, em termos genéricos, sabemos que a sua gravidade é menor do que a que ocorre em idades mais avançadas”.

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