Recorde mundial dos 5.000 e europeu dos 1.500 no meeting do Mónaco

Patrícia Mamona foi a única portuguesa em competição, terminando em terceiro lugar no triplo salto.

Foto
LUSA/Valery Hache / POOL

O recorde do mundo dos 5.000 metros masculinos e o europeu dos 1.500 metros foram os feitos de maior destaque do meeting de atletismo do Mónaco, no regresso da Liga Diamante ao estádio Luís II.

O ugandês Joshua Cheptegei é o novo recordista da légua, com 12m35,36s, colocando ponto final a um longo “reinado” do etíope Kenenisa Bekele, que detinha a marca de 12m37,35s desde 31 de Maio de 2004, em Paris.

Cheptegei, de 23 anos, já não é de forma nenhuma uma “surpresa” na modalidade, já que se sagrou campeão do mundo de 10.000 metros em Doha 2019 e, em estrada, detém os recordes dos cinco e dos 10 quilómetros.

Quem também prolonga a excelente época de 2019 é o norueguês Jakob Ingerbritsen, de apenas 19 anos, que aproveitou bem o andamento de uma corrida vencida pelo queniano Timothy Cheruiyot, o actual campeão mundial.

Cheruyot fez 3m28,45s e bateu ao sprint o jovem prodígio norueguês, creditado em 3m28,68s, superando o anterior recorde, de 3m28,81s, que estava na posse do britânico Mo Farah.

Apesar da idade, o norueguês tem já um palmarés impressionante a nível absoluto, com dois títulos nos Europeus de Berlim 2018, em 5.000 e 1.500 metros, e várias outras medalhas, tanto em pista como em corta-mato.

Nos 1.500 metros, passa a ser o oitavo mundial de sempre.

Destaque ainda no Mónaco para o norte-americano Noah Lyles. O campeão do mundo dos 200 metros rendeu homenagem aos movimentos de defesa dos direitos dos negros, ao levantar o punho direito, com luva negra, e ao baixar a cabeça, aquando da apresentação dos atletas.

Nyles, que replicou assim o gesto de Tommie Smith e John Carlos no icónico pódio dos 200 metros de México 68, pretendeu associar-se ao movimento “Black Lives Matter”.

Viria a ser destacado vencedor da corrida, em 19,76 segundos, a melhor marca mundial do ano.

A única portuguesa presente no Mónaco, Patrícia Mamona, foi terceira no triplo salto (14,08m), apenas batida pela venezuelana Yulimar Rojas (14,27m), campeã mundial e grande favorita, e pela búlgara Gabriela Petrova (14,18m), líder europeia da época.

Sugerir correcção