A máquina do Bayern reduziu o Barcelona a pó

Catalães sofrem humilhação histórica em Lisboa (2-8) e vêem o campeão alemão acelerar rumo às meias-finais da Liga dos Campeões.

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,Equipamentos de proteção em futebol americano
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Imponente. Sublime. Arrasadora. Memorável. São inúmeros os adjectivos que se podem utilizar para definir a exibição do Bayern no terceiro jogo dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, mas a melhor forma de descrever a prestação dos bávaros é afirmando que a equipa comandada por Hans-Dieter Flick triturou o Barcelona e reduziu os espanhóis a pó. No duelo entre dois dos principais candidatos a vencer a competição, o Bayern Munique voltou a mostrar ser uma máquina de jogar futebol e arrasou por completo Lionel Messi e companhia. Com uma goleada histórica (2-8), os alemães mantiveram o registo 100% vitorioso na Champions e deixaram muitos motivos de preocupação para o rival nas meias-finais (Manchester City ou Lyon).

Foram 90 minutos frenéticos e intensos, que cansaram só de ver, mas que vão ficar na história pela forma como a máquina montada por Hans-Dieter Flick desmantelou e arrasou por completo a equipa do Barcelona. Fiel aos seus princípios — ao contrário de Quique Setién, o treinador do Bayern manteve o seu “onze” habitual —, o campeão alemão entrou no Estádio da Luz decidido a neutralizar um dos principais trunfos do rival (posse e circulação de bola) e, com uma pressão asfixiante — seis jogadores surgiam regularmente a pressionar os catalães no último terço do terreno —, deu-se ao luxo de colocar o Barcelona KO em apenas meia hora. Depois, na hora que restava, assistiu-se a um autêntico bullying dos alemães, que infligiram aos espanhóis uma das maiores humilhações da sua história. 

Com um camaleónico 4-2-3-1 (dependendo das movimentações de Müller e Goretzka, pode transformar-se em 4-3-3 ou 4-1-4-1), o Bayern mostrou desde o apito inicial que queria assumir o controlo, mas a primeira oportunidade até pertenceu ao Barcelona — Suárez não conseguiu ultrapassar Neuer. 

O primeiro aviso dos catalães surgia num lance rápido de ataque (a única forma que o Barcelona encontrou para se libertar da pressão alemã), mas do outro lado a arte era outra. Apenas 49 segundos depois da oportunidade de Suárez, uma jogada perfeita entre Gnabry, Perisic e Lewandowski foi finalizada com classe por Müller. 

Sem dar tempo para ninguém respirar, o Barcelona respondeu três minutos depois: Alba surgiu solto na esquerda e Alaba desviou o cruzamento do espanhol para o fundo da própria baliza. Setién ganhava novo fôlego e parecia ter argumentos para aguentar o braço-de-ferro com Flick, mas o treinador espanhol, que tinha optado por uma estratégia mais cautelosa do que o habitual — Rakitic e Griezmann foram suplentes e o meio campo reforçado com Busquets e Vidal —, teve pouco tempo para acreditar que podia salvar a época em Lisboa. 

Com critério, rigor e muita qualidade, o Bayern manteve o Barcelona entrincheirado no seu meio-campo e, com os espanhóis sob pressão, os erros surgiram: aos 21’, Roberto perdeu a bola à saída da sua área, Gnabry assistiu Perisic e o croata, com um remate cruzado, fez o 1-2. Era o princípio do fim do Barcelona.

Com o rival combalido, o Bayern subiu ainda mais a agressividade e avançou para o KO: Gnabry (um dos melhores em campo) marcou aos 28’; Müller bisou aos 31’. Em apenas meia hora, os bávaros atiravam os catalães ao tapete. Mas não se ficaram por aí. 

Com 1-4 ao intervalo e uma meia-final para disputar em Alvalade na próxima quarta-feira, o Bayern podia começar a gerir o esforço, mas esta equipa de Flick não abdica de jogar na vertigem. 

Apesar de Suárez ainda ter reduzido aos 58’, com um excelente lance individual, a superioridade do clube de Munique nunca esteve em causa e ao quinto golo germânico — Kimmich finalizou uma jogada sublime de Davies — seguiu-se o haraquíri catalão. Com um banco de luxo (entraram Kingsley Coman e Philippe Coutinho), Flick injectou sangue novo na equipa e, com os espanhóis de braços caídos, cada investida alemã resultava em mais um duro golpe no ego “blaugrana”. 

Aos 83’, surgiu o inevitável golo de Lewandowski — oitavo jogo consecutivo a marcar e 14 golos esta época na Liga dos Campeões — e, ainda antes do minuto 90, Coutinho marcou por duas vezes à equipa com a qual tem contrato até 2023. 

Para alívio de Quique Setién, jogadores e adeptos do Barcelona, a Liga dos Campeões acabou pouco depois; para satisfação de quem gosta de bom futebol, o Bayern volta a jogar na próxima quarta-feira.

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