Atalanta caiu de forma cruel perante o Paris Saint-Germain

Os italianos estiveram a vencer os franceses até ao minuto 90, mas os parisienses garantiram o apuramento para as meias-finais da Liga dos Campeões com dois golos no período de descontos.

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Choupo-Moting e Neymar festejam o golo da vitória dos franceses Reuters/POOL
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A festa do golo dos jogadores do PSG,A festa do golo dos jogadores do PSG LUSA/David Ramos / POOL,LUSA/David Ramos / POOL
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A festa do golo dos jogadores do PSG LUSA/David Ramos / POOL
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Neymar em acção LUSA/David Ramos / POOL
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Gian Piero Gasperini, treinador da Atalanta LUSA/Rafael Marchante / POOL
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A festa do golo de Pasalic LUSA/David Ramos / POOL

De um lado, estava um Paris Saint-Germain (PSG) com estrelas para todos os gostos e feitios pagas a peso de ouro; do outro, a Atalanta, o melhor exemplo na actualidade do que é uma verdadeira equipa de futebol. Durante 90 minutos, parecia que o projecto do clube de Bérgamo, construído com pés e cabeça, ia suplantar um outro, fundamentado nos muitos milhões injectados por um investidor. Porém, após uma época extraordinária, a temporada da Atalanta terminou de forma cruel: a formação italiana esteve a vencer o PSG até ao minuto 90, mas os franceses garantiram nesta quarta-feira o apuramento para as meias-finais da Liga dos Campeões com golos de Marquinhos e Choupo-Moting no período de descontos.

Dos 11 jogadores que Gian Piero Gasperini escolheu para iniciar um dos jogos mais importantes da história da Atalanta, apenas um (Mattia Caldara) não fazia parte do plantel do clube há um ano. No entanto, para o central, que na época passada teve uma passagem sem sucesso pelo AC Milan, vestir a camisola da Atalanta é tudo menos uma novidade: Caldara nasceu em Bérgamo e fez toda a formação no clube da sua cidade.

E o que a Atalanta confirmou em Lisboa é que o tempo pode ser o melhor aliado para um clube de futebol. Há quatro anos à frente dos “la dea”, Gasperini implementou em Bérgamo uma filosofia audaz, montada num sistema inovador (varia entre o 3x4x2x1 e o 3x4x1x2), e, sem medo dos nomes nas camisolas do adversário, esteve a meia dúzia de minutos de ganhar a batalha táctica com o alemão Thomas Tuchel.

Mesmo sem o guarda-redes titular (Gollini) e o melhor marcador (uma depressão afasta Ilicic da equipa há um mês), a Atalanta foi fiel aos seus princípios e não se escondeu. Logo no terceiro minuto, uma combinação tantas vezes vista no clube de Bérgamo permitiu que Papu Gómez surgisse na área com espaço, mas o remate do argentino foi travado por Navas.

A resposta dos parisienses demorou menos de um minuto, mas Neymar, que por ano ganha tanto quanto todos os jogadores do plantel da Atalanta, não acertou nos 11 metros da baliza de Sportiello, quando estava cara a cara com o guarda-redes.

O remate do brasileiro foi o único do PSG nos primeiros 25 minutos. No mesmo período, a Atalanta alvejou a baliza francesa por quatro vezes e, à quinta tentativa, marcou: com um excelente remate em arco, Pasalic fez o terceiro golo na Liga dos Campeões.

A reacção do PSG foi um retrato fiel do que é a equipa de Tuchel: os calafrios para os adeptos da Atalanta surgiam apenas na sequência de jogadas individuais de Neymar.

A segunda parte começou sem novidades. Com a Atalanta novamente melhor, Djimsiti esteve perto do 2-0 e, em cima da hora de jogo, surgiu uma novidade: Icardi rematou à baliza, acabando com um exclusivo que até aí era de Neymar.

Com o relógio a jogar contra si, Tuchel foi obrigado a lançar Mbappé aos 60’ — o treinador tinha admitido que o avançado só estava em condições de jogar 30 minutos -, e, na mesma altura, Gasperini perdeu Papu Gómez por lesão. A partir daí, o jogo mudou.

Mesmo limitado, Mbappé conseguia criar desequilíbrios na defesa da Atalanta, obrigando os italianos a recuar e, no último suspiro, com o adversário encostado às cordas, o PSG levou o clube da Lombardia ao tapete: em apenas três minutos (90’ e 90’+3’), Marquinhos e Choupo-Moting fizeram os golos que mantêm o sonho parisiense de vencer a Liga dos Campeões.

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