Pedro Mexia: “Ouço professores catedráticos dizerem coisas que antes ouvia dizer a abades minhotos”

A biografia é extensa: poeta, cronista, editor, dramaturgo, crítico literário, tradutor, comentador, assessor do Presidente da República. Aos 47 anos Pedro Mexia assume uma dispersão de interesses que o impede de querer ser especialista em alguma coisa. Um generalista incomodado com o recrudescer do moralismo na arte e nos comportamentos.

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Um dia normal numa Lisboa quase deserta num mês de Agosto de um ano que não é como os outros. Parece a deserção de um “recolher obrigatório”. A imagem é dada pelo entrevistado. Está de pé, máscara no rosto, no minúsculo jardim Camilo Castelo Branco, esquina as Av. Duque de Loulé com a Rua Rodrigues Sampaio. É preciso encontrar um lugar para uma conversa sem um guião definido. A vida, os interesses, o último livro, as crónicas, as impressões sobre o momento actual. Pedro Mexia caminha agora com um saco de jornais e livros, como quase sempre que anda pela cidade, na rua que dava para as traseiras da antiga sede do Diário de Notícias, o jornal onde publicou os primeiros textos. 

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