Cartas ao director

O país do carnaval

Escolhi o título de um dos romances do grande Jorge Amado para este pequeno texto sobre as decisões das autoridades sanitárias e políticas no que se relaciona com a autorização/proibição de grandes eventos, num tempo de incertezas sobre o futuro e em que não se vislumbra o fim da maldita pandemia que está a pôr o Mundo de pantanas.

(…) Porque foram proibidos os festivais de música de Verão e a assistência em jogos de futebol e, como parece que vai acontecer, se permitem comícios políticos com dezenas de milhares de assistentes? (…) Faz pouco sentido assistirmos pela TV aos jogos da “final four” da Champions com as bancadas desoladamente vazias e, poucos dias depois, assistirmos a uma acção de natureza política com dezenas de milhares de assistentes. Será que o ambiente futebolístico faz o maldito vírus mais saltitão e a política o assusta e imobiliza? Perante uma situação de enorme perigo para a saúde pública e para a já depauperada economia do país, com desfecho ainda muito incerto, não podemos facilitar. O que está em causa diz respeito a todos os portugueses! E é uma solução que a todos beneficie que se espera das autoridades!

Helder Pancadas, Sobreda

Festa do Avante

Toda a gente comenta a Festa do Avante 2020. Muito democraticamente, comentam um acontecimento político-cultural de grande importância para os trabalhadores e o povo, tendo por base as pertinências sanitárias provocadas pelo coronavírus. Invocam todas as manifestações convocadas pela CGTP e pelo PCP sem nunca se referirem a outros acontecimentos culturais à porta fechada, o que é mais grave, como foi, por exemplo, o espectáculo de Bruno Nogueira no Campo Pequeno, a que assistiram o primeiro-ministro e o Presidente da República. Mas o que é mais grave ainda é que eles atacam vezes sucessivas, sem nunca convocarem alguém do PCP ou da CGTP para se defenderem. “Democraticamente” é assim que eles pensam, acham que só eles podem falar. Estes senhores esquecem que há uma Constituição da República que obriga a respeitar o pluralismo e liberdade política e a liberdade política não é só falarem uns a censurarem outros. Para isso já chegaram os 48 anos de fascismo, ou não será?

Mário Pires Miguel, Reboleira

O rei vai nu?

Juan Carlos, o ‘emérito’ rei de Espanha, perante tão degradante escandaleira comportamental, com falta de bom senso e honradez, resolveu ou foi obrigado a exilar-se/fugir para parte incerta. Não foi nu, como o outro, mas, pelo que se diz, foi bem provido de muitos milhões, alegadamente surripiados à Coroa de Espanha.

José Amaral, Vila Nova de Gaia

PÚBLICO Errou

Ao contrário do que se escreveu na peça “Resina: uma actividade dura e incerta, por detrás do brilho do verniz”, publicada no passado sábado, o protocolo entre a associação Resipinus e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas foi renovado a 17 de Julho.

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