Shakhtar apura-se com goleada para as meias-finais da Liga Europa

Wolverhampton desperdiçou um penálti e foi derrotado pelo Sevilha com um golo nos minutos finais.

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Reuters/WOLFGANG RATTAY

Na segunda-feira à noite, ficar-se-á a saber quem serão os dois finalistas da Liga Europa 2019-20. Nessa altura, o Shakhtar Donetsk ou o Inter Milão já terão assegurado a primeira vaga, restando apenas apurar se o vencedor da primeira meia-final será acompanhado pelo Sevilha ou pelo Manchester United. Na prática, isto quer dizer que resta apenas um treinador português em prova.

A conquista do campeonato (o “tetra”, no caso) já tinha abrilhantado, em Junho, a época de Luís Castro na Ucrânia, mas a vocação europeia do Shakhtar, nos últimos anos também impulsionada pelo trabalho de Paulo Fonseca, continua a gerar fundadas expectativas de uma longa caminhada na UEFA. E nesta terça-feira a equipa deu um passo seguro rumo à final da Liga Europa, ao bater, sem mácula, o Basileia, por 4-1.

Em Gelsenkirchen, cedo se percebeu que os ucranianos eram muito superiores aos suíços. Júnior Moraes, de cabeça (2’), colocou o Shakhtar na frente do marcador logo no arranque e, aos 22’, Taison elevou a contagem para 2-0. O Basileia limitava-se a ver o rival circular a bola com qualidade e acercar-se com perigo da sua baliza, chegando ao intervalo com uma desvantagem que poderá até ser considerada lisonjeira. 

À hora de jogo, Marcel Koller arriscou um pouco na tentativa de relançar a eliminatória, mas seria o Shakhtar a facturar novamente, depois de Taison ter sido rasteirado na área. De penálti, Alan Patrick anotou o 3-0 e Dodô, aos 88’, deu contornos de goleada à supremacia ucraniana. O melhor que o Basileia conseguiu foi um golo de honra, já em tempo de compensação, apontado pelo antigo avançado do Sporting Van Wolfswinkel.

Com uma caminhada autoritária na Liga Europa, o Shakhtar Donetsk tem agora apenas o Inter Milão a separá-lo da final da competição, estando o frente a frente com os italianos agendado para Dusseldorf, na segunda-feira.

Um dia antes, saber-se-á se será o Manchester United ou o Sevilha o primeiro finalista da competição. Os espanhóis inviabilizaram nesta terça-feira uma meia-final 100% britânica, ao derrotarem o Wolverhampton por 0-1, em Duisburgo.

Os “wolves”, comandados por Nuno Espírito Santo a partir do banco e com quatro portugueses no “onze” inicial (Rui Patrício, Rúben Neves, João Moutinho e Rúben Vinagre), viram o adversário controlar a posse (uma característica das equipas treinadas por Julen Lopetegui) e nunca se mostraram demasiado desconfortáveis com a iniciativa do Sevilha, mas acabaram por desperdiçar as ocasiões que criaram.

A mais flagrante de todas surgiu aos 13’. Raul Jiménez, especialista na marcação de grandes penalidades, não bateu na bola da melhor forma da marca dos 11 metros e viu o guarda-redes Bounou negar-lhe o golo. 

O Wolverhampton, essencialmente em transições e explorando muitas vezes a velocidade e potência muscular de Adama Traoré, foi mantendo os andaluzes em sobressalto, provavelmente confiante em manter a tendência de marcar na segunda parte (11 dos últimos 14 golos dos ingleses surgiram após o intervalo).

O segundo tempo, porém, trouxe um Sevilha mais intenso, a subir um pouco as linhas e a não deixar o adversário construir com critério. As aproximações à baliza de Rui Patrício foram-se sucedendo e aos 88’, na sequência de um canto curto, com cruzamento de Banega, Lucas Ocampos fez, de cabeça, o golo do triunfo.

O Sevilha fica, assim, a uma vitória de alcançar a sexta final da Liga Europa no seu historial. Uma especialidade dos andaluzes, que ganharam as cinco anteriores.

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