A agonia do tecido audiovisual brasileiro

O governo Bolsonaro não acabou explicitamente com os mecanismos da saúde, ao ambiente, nem com o cinema brasileiro. Mas vai asfixiando-os lentamente. Pese tudo isto o cinema brasileiro continuará obviamente a resistir e, tal como a floresta, nunca deixará de respirar.

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1. O Cinema Brasileiro sempre exibiu uma grande vitalidade e diversidade na sua produção, tendo-nos oferecido cineastas e obras marcantes no panorama mundial. A produção no país atravessou períodos difíceis como no período da ditadura militar (1964-1985), durante as graves crises financeiras no início dos anos 80 ou nos anos que terminaram com o Impeachment do presidente Collor (1990-92), quando se assistiu à extinção de todos os mecanismos de apoio e produção de cinema. Em tempos de pandemia deliberadamente descontrolada pela vontade política do governo criminoso de Jair Bolsonaro, pode parecer irrelevante estar a falar da produção de cinema no Brasil. Mas não é. E não é porque é mais uma prova de que este governo não tem o intuito de construir seja o que for, mas sim apenas de destruir. A forma como vai minando os sistemas implantados na cultura, na saúde ou no ambiente é semelhante, tornando-os inoperacionais.

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