Cartas ao director

António Ramalho

A total falta de vergonha com que António Ramalho anunciou as “necessidades” do Novo Banco são uma autêntica falta de responsabilidade e de respeito e uma falta de ética de todo o tamanho. Porque razão António Ramalho registou perdas nos fundos do BES à revelia do Banco de Portugal? Porque razão António Ramalho continua a agir como não fosse de todo responsável por nada do que acontece no Novo Banco? Porque razão António Ramalho continua a poder brincar com os contribuintes portugueses? Porque, simplesmente, o governo, o PS e o PSD assim quiseram. E agora, para nossa tristeza, não adianta virem chorar. António Ramalho continua a rir-se de nós. É triste mas é a verdade nua e crua.

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora 

Outra vez os fogos

Já repararam que os eucaliptais das empresas de celulose não ardem? Não ardem porque a floresta de eucalipto é tratada. Não é fácil pegar fogo a um pinheiro ou a um eucalipto, mas é facílimo pegar fogo ao mato que exista nas florestas dessas árvores e esse fogo já facilmente se propaga às ditas  árvores.

Ora , (pelo menos aqui no Médio Tejo) a floresta está totalmente abandonada, porque os seus proprietários (que constam nas escrituras) morreram e os seus herdeiros emigraram ou foram para cidades do litoral. Não pagam IMI e por vezes quando vão à terra cortam uns eucaliptos para venda deixando o chão pejado de cascas dessas árvores, o que é uma situação bem pior que o mato.

Os tais herdeiros não cumprem qualquer regulamento de limpeza da floresta a 50m das casas ou a 100 m de povoações ou a 10m da berma das estradas e estradas. Estão pois em transgressão permanente sem que nada lhes aconteça porque poucos sabem quem eles são e esses não dizem nada até por terem situações parecidas. A melhor solução seria a expropriação dessas terras de floresta não tratadas por incumprimento da legislação vigente. Com essas terras expropriadas (quase todas minifúndios florestais) poderia depois serem constituídas unidades florestais rentáveis que seriam vendidas a verdadeiros agricultores florestais.

Já sei que me vão acusar de atacar a “sagrada” propriedade, mas a floresta abandonada põe em perigo as propriedades de terceiros e até vidas humanas, pelo que não se trata de nenhum ataque à propriedade.

Victor Macieira, Ourém

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