Kleber Mendonça Filho: cineasta em trânsito por um Brasil de medo, loucura e preconceito

A obra de Kleber Mendonça Filho é objecto de uma retrospectiva no Cinema Trindade, no Porto: Bacurau (2019), Aquarius (2016), O Som ao Redor (2012) e O Crítico (2008) podem ser vistos entre os dias 6 e 27. Com eles faz-se o retrato de um Brasil marcado pela diferença de classe, o preconceito, a clivagem entre a cidade e o interior, um olhar crítico sobre a história e o desassombro face ao presente.

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Ph. Lebruman

Uma comunidade perdida no Sertão (Bacurau), o apartamento de uma mulher (Aquarius), uma rua do Recife (O Som ao Redor): nesses quotidianos espreitam os “grandes problemas” do Brasil, o medo, a violência, o trabalho doméstico herdeiro do esclavagismo, a arrogância de classe, a identidade, a raça, a subserviência e o autoritarismo. “Os problemas do Brasil são muitos!”, diz Kleber Mendonça Filho, 51 anos, pernambucano, cineasta em trânsito por um Brasil de medo, loucura e preconceito. A sua obra será exibida durante Agosto no Trindade, no Porto.

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