CDS insiste no prolongamento do layoff simplificado até ao final do ano

Francisco Rodrigues dos Santos acusa o Governo de ter acabado com uma medida simples e criado “burocracia e complexidade” para dificultar o acesso das empresas aos apoios públicos. CDS reivindica o fim dos pagamentos por conta, mais linhas de crédito a fundo perdido e um mecanismo de acerto de contas entre empresas e fisco.

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Nuno Ferreira Santos

O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, voltou a insistir nesta quarta-feira na necessidade de prolongar o regime do layoff simplificado pelo menos até ao final do ano. A essa medida de ajuda às empresas, o líder centrista acrescenta a “eliminação dos pagamentos por conta, linhas de crédito a fundo perdido de apoio às empresas com maiores dificuldades e ainda a criação de um mecanismo de acerto de contas”.

Numa nota enviada à imprensa, o presidente do CDS critica o Governo por, em vez de simplificar, ter preferido “complicar”, ao terminar no dia 31 de Julho com a possibilidade de acesso ao layoff simplificado e criando um conjunto de opções de apoio extraordinário à retoma para as empresas escolherem o que melhor se adapta às suas necessidades que entraram em vigor a 1 de Agosto.

Francisco Rodrigues dos Santos defende que era mais simples manter “aquilo que estava a funcionar bem e que salvava postos de trabalho”. Mas agora o Governo “soma burocracia e complexidade, ao mesmo tempo que dificulta o acesso, reduz o número de beneficiários e aumenta, ainda mais, o desemprego”. Por isso, avisa: “De pouco nos servirá qualquer fundo europeu se até lá não tivermos sectores vivos e capazes de os aproveitar.”

O líder centrista dá como exemplo as declarações do presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo que se disse decepcionado com a opção do Governo de acabar com o layoff e criar novos apoios. Pedro Costa Ferreira considerou que o fim do layoff é um “duro revés para o turismo” e lembrou que este é um sector fundamental para a economia portuguesa. E defendeu que, além de ser mais barato para o Estado apoiar as empresas para manterem emprego do que pagar subsídio de desemprego, há também que somar a dignidade e saúde mental dos trabalhadores.

“O sector do turismo é vital para a nossa actividade económica. É urgente uma resposta incisiva do Governo. Mais indecisão e inoperância significa mais milhares no desemprego, mais despesa social e ainda maior queda de um PIB nacional já profundamente debilitado”, argumenta também Francisco Rodrigues dos Santos.

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