Português pediu ajuda ao Governo para regressar de Beirute. Esposa precisa de visto

Fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas diz que o português, casado com uma libanesa, pediu que o processo para o seu regresso fosse acelerado. Governo português não tem indicação de que existam cidadãos nacionais entre as vítimas.

A explosão "foi como um grande terramoto que atingiu Beirute" Carolina Pescada e Reuters

Um cidadão português, a morar há um ano no Líbano, pediu ajuda para regressar a Portugal após as explosões que atingiram a capital libanesa, Beirute, na terça-feira, disse à Lusa fonte oficial. De acordo com fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, o português, “casado com uma libanesa, pediu que o processo para o seu regresso fosse acelerado, uma vez que a mulher precisa de visto”.

A mesma fonte precisou que a fachada do prédio onde vive este português, na capital libanesa, bem como o rés-do-chão e o primeiro andar ficaram destruídos, mas “a sua habitação está intacta”.

A explosão terá tido origem num armazém de pirotecnia na zona portuária da capital libanesa Reuters/AZIZ TAHER
Os edifícios nas imediações da explosão sofreram danos estruturais, como mostra a fachada deste prédio Reuters/AZIZ TAHER
O porto, situado junto à baixa da cidade, ficou totalmente destruído Reuters/MOHAMED AZAKIR
O armazém continha 2750 toneladas de nitrato de amónio, um componente químico utilizado no fabrico de foguetes e explosivos Reuters/AZIZ TAHER
O exército foi convocado pelo governo local para ajudar nas operações de combate ao incêndio que deflagrou no local da explosão Reuters/ISSAM ABDALLAH
Militares saíram à rua para ajudar nos trabalhos de limpeza e de resgate Reuters/AZIZ TAHER
Os edifícios circundantes ficaram totalmente destruídos, dificultando as operações de resgate às equipas presentes no local EPA/WAEL HAMZEH
Habitantes da cidade de Limassol, no Chipre, a cerca de 240 quilómetros do local da explosão, relatam ter sentido o abalo EPA/WAEL HAMZEH
Testemunhas no local afirmam haver automóveis lançados para o topo de edifícios de três andares EPA/WAEL HAMZEH
Até ao momento, não há registo de portugueses entre as vítimas da explosão Reuters/AZIZ TAHER
Os soldados patrulham as ruas enquanto os trabalhos de limpeza e resgate decorrem na cidade Reuters/AZIZ TAHER
Os populares tentam ajudar as autoridades na limpeza dos estragos causados pela explosão Reuters/AZIZ TAHER
Existem danos em diversos edifícios e serviços da capital libanesa Reuters/AZIZ TAHER
As causas do acidente ainda estão por apurar, mas investigações preliminares apontam para negligência Reuters/MOHAMED AZAKIR
Estima-se que existam 4000 feridos, mas o real número de vítimas ainda não é claro Reuters/MOHAMED AZAKIR
A explosão, que terá alastrado a um navio atracado no porto, teve origem no edifício ao centro da imagem EPA/WAEL HAMZEH
Durante a manhã de terça-feira, ainda existiam alguns incêndios no local da explosão EPA/WAEL HAMZEH
Diversos países já se disponibilizaram para disponibilizar ajuda médica e humanitária, incluindo a Turquia, que já colocou voluntários de uma ONG no terreno Reuters/IHH
Os hospitais, que já se encontravam lotados devido à pandemia de covid-19, temem não ter capacidade para dar resposta às vítimas do acidente Reuters/IHH
De entre os edifícios afectados, estão alguns hospitais, que foram evacuados, tendo alguns feridos sido tratados em parques de estacionamento da cidade Reuters/MOHAMED AZAKIR
O custo total dos danos materiais causados pela explosão ainda está por apurar EPA/WAEL HAMZEH
Os edifícios portuários foram os primeiros a sofrer com a onda de choque da explosão. Há, inclusive, relatos de navios que afundaram EPA/WAEL HAMZEH
Também o Irão enviou ajuda humanitária através da ONG Crescente Vermelho, que colocou voluntários no terreno para ajudar as equipas no local Reuters/WANA NEWS AGENCY
A República Checa enviou para Beirute membros de equipas de busca e salvamento Reuters/DAVID W CERNY
As equipas checas são compostas por binómios cinotécnicos (humano + cão), e têm como objectivo ajudar a procurar vítimas nos escombros Reuters/DAVID W CERNY
As operações de limpeza e salvamento nos escombros da explosão na zona portuária continuam EPA/NABIL MOUNZER
A explosão fez com que habitantes da cidade ficassem desalojados EPA/NABIL MOUNZER
Os habitantes dos bairros de Mar Mikhael e Gemayzeh, próximos da zona portuária, procuram, agora, realojar-se noutro local EPA/NABIL MOUNZER
França é outro dos países a enviar ajuda humanitária para Beirute, com equipas de busca e salvamento, pessoal médico e material de primeiros socorros EPA/BERTRAND GUAY / POOL
Na cidade, multiplicam-se os esforços populares para ajudar nas buscas EPA/NABIL MOUNZER
Segundo os responsáveis libaneses, existem mais de 4000 feridos e 100 mortos. No entanto, estes números devem subir nas próximas horas EPA/NABIL MOUNZER
A ONG iraniana Crescente Vermelho tem enviado ajuda humanitária para a região, à qual se junta, agora, o apoio do governo de Teerão EPA/STR
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, decidiu apoiar o Líbano e vai enviar mais ajuda humanitária para a região nas próximas horas Reuters/WANA NEWS AGENCY
Também edifícios governamentais ficaram danificados, como o palácio presidencial e embaixadas de outros países em Beirute EPA/WAEL HAMZEH
EPA/NABIL MOUNZER
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A explosão terá tido origem num armazém de pirotecnia na zona portuária da capital libanesa Reuters/AZIZ TAHER

O Governo continua ainda sem confirmação de vítimas entre a comunidade portuguesa, estimada em cerca de meia centena de pessoas, acrescentou a fonte, mantendo-se a informação dada por Berta Nunes à Lusa na terça-feira à noite.

Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando mais de uma centena de mortos e mais de 4 mil feridos, segundo o último balanço feito pela Cruz Vermelha. As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.

Cruz Vermelha Portuguesa pode participar em operações

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) afirmou que “não está fora de hipótese” a participação portuguesa em Beirute. Em declarações à agência Lusa, o coordenador nacional de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa, Gonçalo Órfão, adiantou que a Cruz Vermelha Portuguesa está integrada no movimento internacional da Cruz Vermelha. “Nós estamos em estreita articulação com a Federação Internacional da Cruz Vermelha, que por sua vez, está em estreita articulação com a Cruz Vermelha do Líbano, que é quem está a dar resposta a nível local no sentido de avaliar as necessidades no terreno”, disse Gonçalo Órfão.

Em Portugal, avançou, pode haver equipas disponíveis “mas o pedido tem de surgir da Cruz Vermelha do Líbano e aí “integradas numa resposta maior”, explicou. Contudo, “não está fora de hipótese a participação portuguesa”, disse Gonçalo Órfão, sublinhando que esta possibilidade está a “ser devidamente enquadrada” e “analisada às mais altas instâncias pela Federação Internacional” da Cruz Vermelha.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, apelou na terça-feira aos “países amigos” para ajudarem o país, depois das mortíferas explosões que abalaram o porto da capital, Beirute. “Lanço um apelo urgente a todos os países amigos e aos países irmãos que amam o Líbano a estarem do nosso lado e a ajudarem-nos a curar as nossas feridas profundas”, afirmou o chefe do executivo libanês.

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