Consumo de energia eléctrica atinge valor mais baixo desde 2005

Nos primeiros sete meses do ano, consumo recuou ao volume mais baixo registado em 15 anos, indicou a REN.

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Nelson Garrido

O consumo de energia eléctrica caiu 4,3% até Julho ou 5% com a correcção de temperatura e dias úteis, atingindo o valor mais baixo desde 2005, segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, hoje divulgados.

“O acumulado do ano regista agora uma variação negativa de 4,3% ou 5% com correcção de temperatura e dias úteis, tratando-se, para este período, do consumo mais baixo desde 2005”, indicou, em comunicado, a REN.

Em Julho, o consumo de energia eléctrica registou uma recuperação “face ao que se tem verificado nos últimos meses, ficando em linha com o registado no mesmo mês do ano anterior, com uma variação nula”.

Porém, considerando a correcção dos efeitos de dias úteis e temperatura, acima dos valores normais, a variação foi negativa em 3,5%, embora inferior às totalizadas desde Abril.

No mês de referência, o índice de produtibilidade hidroeléctrico atingiu 0,65 (média histórica igual a 1), enquanto o índice de produtibilidade eólica registou 0,86 (média histórica igual a 1).

Por sua vez, a produção renovável foi responsável pelo abastecimento de 35% do consumo nacional e a não renovável por 48%, sendo os restantes 17% abastecidos com energia importada.

Nos primeiros sete meses do ano, o índice de produtibilidade hidroeléctrica situou-se em 0,94 e o de produtibilidade eólica em 0,86.

Também de Janeiro a Julho, a produção renovável abasteceu 60% do consumo, dividida pela hidroeléctrica (28%), eólica (23%), biomassa (7%) e fotovoltaica (2,6%).

“A produção não renovável abasteceu 32% do consumo, praticamente apenas com gás natural, mantendo-se o carvão com produção reduzida, representando menos de 1% do consumo. O saldo de trocas com o estrangeiro é equivalente a cerca de 8% do consumo nacional”, apontou a empresa liderada por Rodrigo Costa.

Já no mercado de gás natural verificou-se uma recuperação face aos últimos meses, embora tenha totalizado uma quebra homóloga de 2%, “resultado de uma variação negativa de 6,2% no segmento convencional e positiva de 2,9% no segmento de produção de energia eléctrica”.

O consumo acumulado do ano verificou uma contracção de 4,8%, sendo que o segmento convencional apresentou um retrocesso de 9%, enquanto o de produção de energia eléctrica avançou 4,4%.

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