Dezoito polícias feridos na manifestação contra restrições para conter a covid-19 em Berlim

Cerca de 20 mil pessoas participaram na manifestação. As autoridades alemãs decidiram terminar com a concentração porque os participantes não estavam a cumprir as regras da distância física, nem estavam a usar máscara.

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Berlim, Alemanha LUSA/FELIPE TRUEBA
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Berlim, Alemanha LUSA/FELIPE TRUEBA
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Manifestação reuniu 20 mil pessoas LUSA/FELIPE TRUEBA
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Berlim, Alemanha Reuters/CHRISTIAN MANG
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Demonstração
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Edifício Reichstag
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Portão de Brandenburgo
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Berlim, Alemanha LUSA/FELIPE TRUEBA
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Dezoito polícias ficaram feridos em Berlim, na Alemanha, quando dispersavam, no sábado, uma concentração com cerca de 20 mil manifestantes contra as restrições impostas por causa da covid-19, segundo fontes policiais.

A situação foi divulgada este domingo por fontes policiais através do Twitter, precisando que três dos oficiais feridos tiveram de receber tratamento no hospital.

As autoridades alemãs decidiram terminar com a concentração junto à Coluna da Vitória porque os participantes não estavam a cumprir as regras da distância física, nem estavam a usar máscara, segundo as fontes policiais, citadas pela agência espanhola Efe.

O distanciamento físico e o uso de máscara eram duas das condições impostas para autorizar a marcha, em que já se previa uma presença massiva de manifestantes, que acabou por ser dissolvida horas antes da concentração final por incumprimento das regras.

A manifestação foi convocada por diferentes organizações e nela convergiram desde elementos da extrema-direita a cidadãos seguidores de teorias da conspiração que consideram que as restrições violam a liberdade individual.

A marcha, denominada “Dia da Liberdade”, decorreu nas imediações do Portão de Brandemburgo, com palavras de ordem contra a “tirania de Angela Merkel” e várias faixas que aludiam a uma suposta “conspiração” orquestrada pela indústria farmacêutica e pelo bilionário norte-americano Bill Gates.

Antes de chegar à Coluna da Vitória, no coração da capital alemã, a marcha foi formalmente dissolvida no meio de tensões entre a polícia e os manifestantes, descreve a Efe.

A manifestação deu origem a dezenas de grupos dispersos, com uns a dirigirem-se para a Coluna da Vitória, e outros para outros locais, como a sede da Chancelaria ou a esplanada diante do Reichstag (parlamento), onde continuaram até tarde da noite cerca de 3 mil pessoas.

A Efe refere que o simples facto de adoptar como slogan comum a referência ao “Dia da Liberdade” foi controverso, porque é o título do filme do Congresso do Partido Nazi de 1935 dirigido por Leni Riefenstahl​, a cineasta que trabalhou ao serviço do aparelho de propaganda de Adolf Hitler.

As autoridades de Berlim puseram nas ruas um forte dispositivo de segurança, já que, além desta mobilização, foram convocadas marchas de esquerda e também eram esperadas festas “espontâneas”, que acontecem na capital alemã há várias semanas, juntando, muitas vezes, milhares de participantes.

A manifestação aconteceu numa altura em que o Governo federal, da chanceler Angela Merkel, e os estados regionais demonstram grande preocupação com o aumento do número de novas infecções no país.

Segundo dados do Instituto Robert Koch, foram registadas no sábado 955 novas infecções face ao dia anterior. No total, foram contabilizadas 209.653 infecções e 9148 mortes.

A Alemanha disponibiliza, desde sábado, testes gratuitos para viajantes que regressem de países estrangeiros, testes que serão obrigatórios a partir de segunda-feira para quem viaje com origem em zonas de risco, a fim de evitar as quarentenas.

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