Hamilton segura vitória sem pneus em Silverstone

Final dramático com as temperaturas elevadas da pista a derreterem a borracha dos carros de Bottas e Hamilton, roubando a “dobradinha” à Mercedes.

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Lewis Hamilton (Mercedes) garantiu este domingo, em Silverstone, de forma dramática, com os pneus desfeitos, a terceira vitória da época de Fórmula 1 - sétima em “casa” e 87.ª da carreira, a quatro do recorde de Schumacher -, quando estão cumpridos os primeiros quatro Grandes Prémios do Mundial da especialidade.

Com 1h28m01,283s, menos 5,856s que o segundo, Lewis ampliou para 30 pontos a vantagem na liderança do campeonato (88 pontos), com Valtteri Bottas (58) a falhar a “dobradinha” que parecia certa para a Mercedes por causa de um pneu destruído a duas voltas do fim, o que lhe custaria 18 pontos. Um facto que Verstappen aproveitou para ascender ao segundo lugar e posicionar-se a seis pontos do finlandês na geral, com um ponto extra da volta mais rápida, precisamente na última. Charles Leclerc (Ferrari) fechou o pódio a 18,474 s de Hamilton.

Verstappen saiu da segunda linha da grelha de partida para disputar a 106.ª corrida da carreira, iniciada em 2015, igualando o número de participações do pai Jos Verstappen (começou em 1994 como colega de equipa de Michael Schumacher na Benetton), retirado em 2004, e acabou por ser feliz, com uma última troca de pneus forçada na última volta.

A quarta prova do Mundial de Fórmula 1 começou com más notícias para a Racing Point e para o alemão Nico Hulkenberg, chamado de emergência para substituir o mexicano Sergio Pérez, que está infectado covid-19. Um problema na unidade de potência afastou o ex-Renault antes mesmo do início da prova.

O arranque revelar-se-ia igualmente fatal para o dinamarquês Kevin Magnussen (Haas), “atirado” para fora da pista por Alex Albon (Red Bull) na última curva da primeira volta, o que valeu uma penalização de cinco segundos ao tailandês.

A primeira entrada do safety car prolongou-se até à sétima volta, mas um violento embate do russo Danil Kvyat (AlphaTauri) na 13.ª volta voltaria a “travar” a corrida, precipitando os pilotos para as boxes, o que provocou ligeiras alterações na ordem em pista, sem afectar os lugares cimeiros.

A partir desse instante, a corrida estabilizou com os dois Mercedes a marcarem o ritmo, enquanto Verstappen tentava não perder a concentração e o humor num terceiro lugar já distante dos “flechas prateadas” e com o Ferrari de Leclerc a quase meio minuto de distância, deixando a emoção para os McLaren de Carlos Sainz e Lando Norris, para os Renault de Ricciardo e Ocon e para o Racing Point de Lance Stroll... o que deixava Sebastian Vettel (Ferrari) fora dos pontos, em 11.º lugar. 

O alemão seria salvo pelo azar de Bottas, terminando em décimo, o que está longe de poder ser considerado um grande feito.

No próximo fim-de-semana, Silverstone recebe a quinta corrida do ano, que marca o 70.º aniversário da Fórmula 1.

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