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Verão 2020 Percebes: o bicho que vive toda a vida a fazer o pino

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Fugas

Verão 2020

Percebes: o bicho que vive toda a vida a fazer o pino

Cátia Mendonça (Infografia),
Gabriela Gómez (Infografia) e
Edgardo Pacheco
1 de Agosto de 2020, 7:15
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Os percebes são crustáceos cirrípedes, tal como as cracas. O nome dos percebes que são apanhados em Portugal é Pollicipes pollicipes (vem do latim, pollex, que quer dizer polegar.) Os percebes são filtradores, vivem em zonas de intensa agitação marítima e alimentam-se quando estão imersos na água.


Distribuição geográfica por espécie

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Esta espécie vive entre a Bretanha e o Senegal. É inexistente no Mediterrâneo, nos Açores e na Madeira, mas existe nas Canárias. O habitat típico de Pollicipes pollicipes é nas rochas expostas em regiões com águas movimentadas, especialmente a zona intertidal de falésias em áreas de forte hidrodinamismo.




Partes principais da morfologia





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Morfologia interna



Os percebes são hermafroditas simultâneos (cada animal é fêmea e macho ao mesmo tempo). No processo de fecundação, um percebe que assume o papel de macho introduz o pénis no capitullum (a unha) de outro percebe que assume a função de fêmea. Esta liberta ovócitos que, uma vez fecundados, eclodirão na forma de larvas, sendo depois libertadas para o mar.

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ROY LUCK



Ciclo de vida



Levadas pelas correntes oceânicas, as larvas passam por diferentes fases, sendo que, na última (larva cypris) fixa-se a um substrato onde viverá toda a vida. São muitas as larvas que se fixam no pedúnculode outros percebes - razão pela qual encontramos sempre percebes de diferentes idades na base de um percebe adulto.

Quando uma larva chega à rocha ou ao pedúnculo de outro percebe, fixa-se pela cabeça e ergue-se com o capitullum, suspenso na vertical, de onde sai um conjunto de patas que captam o alimento que é fornecido pelas ondas.

Sim, o percebe que tanto apreciamos passa toda a vida a fazer o pino.




info info


O crescimento do percebe é variável, mas, em média, atinge a maturidade sexual e tamanho comercial (12,5 mm) com um ano de vida. Existem indicações de que os percebes possam viver entre os 20 e os 30 anos.


Fontes: Percebes – Gestão, Ecologia e Conservação do Percebe em Portugal; Diogo, Ana Lúcia Torres, “Crescimento e sobrevivência do percebe Pollicipes pollicipes (Gmelin, 1790) em condições laboratoriais”, Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar – Peniche. Fotografia: Wikipédia - Gauthier Catteau

tp.ocilbup@acnodnem.aitac
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