Arsenal vence Taça de Inglaterra e levanta um troféu quase três anos depois

Aubameyang bisou e “entregou” a taça à equipa londrina. O Chelsea, em inferioridade numérica desde os 73 minutos, pouco pôde fazer para virar o resultado.

James e Ceballos em duelo
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James e Ceballos em duelo LUSA/Adam Davy/NMC/Pool
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Quase três anos depois da última conquista (Community Shield, em 2017), o Arsenal voltou a levantar uma taça e a ver voar confétis vermelhos à sua volta. Neste sábado, no derby de Londres frente ao Chelsea, os “gunners" venceram a final da Taça de Inglaterra, por 2-1, conquistando esta prova pela 14.ª vez na história.

Este triunfo, “oferecido” pelo bis de Aubameyang, acabou por ter também o “dedo” do treinador espanhol Mikel Arteta na forma como usou as paragens para hidratação como “paragens técnicas”.

Em Wembley, a primeira parte, que foi um belo jogo de se seguir, sempre rápido e mexido, teve um cenário antes da paragem para hidratação e outro depois desse momento. O Chelsea começou mais forte e teve até a primeira oportunidade de golo aos 4’, frente a um Arsenal algo passivo: Mount rematou para uma boa defesa de Martínez.

No minuto seguinte, o Arsenal voltou a mostrar-se “adormecido” sem bola e os jogadores do Chelsea foram avançando no terreno, com passes precisos, até Pulisic finalizar com êxito na zona da marca de penálti (0-1). Muitas facilidades para os “azuis”.

A partir da paragem para hidratação, a meio da primeira parte, tudo mudou. O Arsenal retomou a partida de forma agressiva com bola – muito mais vertical, com os passes a saírem mais tensos e com circulação agilizada – e muito mais capaz sem ela – várias recuperações de bola, algumas em zonas adiantadas.

Aos 25’, Pépé teve mesmo um lance tremendo em que rematou de primeira, em arco, numa grande finalização. Só o fora-de-jogo impediu que houvesse um grande golo em Wembley.

No minuto seguinte, Aubameyang foi lançado em profundidade, ganhou a frente do lance a Azpilicueta e caiu já dentro da área. Penálti assinalado e todos reclamaram: os jogadores do Chelsea não queriam penálti, os do Arsenal queriam cartão vermelho para Azpilicueta. A decisão de Anthony Taylor não foi nenhuma delas: ficou-se por penálti com cartão amarelo, algo que parece ter sido acertado.

Chamado a converter dos 11 metros, Aubameyang bateu para a direita e colocou o jogo novamente empatado, num resultado que parecia ser justo ao intervalo – houve equilíbrio nos remates, nas oportunidades de golo, na posse de bola e na divisão do tempo de supremacia na partida.

A segunda parte começou como a primeira: o Chelsea a criar perigo. Aos 46’, Pulisic pegou na bola antes do meio-campo e, aproveitando a passividade do Arsenal, pôde correr, correr, correr e, já dentro da área, quando ia rematar, sentiu um aperto na coxa, gritou e o remate já saiu torto. E acabou o jogo para o jovem norte-americano, provavelmente a contas com uma lesão muscular nas próximas semanas. E o Chelsea ficou sem o principal agitador.

Aos 67’, numa fase mais “morna” da partida, um contra-ataque do Arsenal acabou com Pépé a soltar Aubameyang. Depois, houve magia. O avançado gabonês “dobrou” Zouma, com um grande drible, e, perante Caballero, “picou” a bola, fazendo um chapéu ao guarda-redes.

A partir daqui, a expulsão de Kovacic, por duplo amarelo, aos 73’, pouca reacção permitiu a um Chelsea que, com o decorrer do jogo, um pouco por azar e um pouco por acção de Arteta, viu fugir-lhe a taça por entre os dedos.

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