Microsoft entre potenciais compradores do TikTok, numa altura em que Trump admite banir a app

A equipa do TikTok frisa que “não comenta rumores ou especulações” mas frisa que está “confiante do sucesso a longo termo do TikTok.”

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A plataforma TikTok nasceu em 2014, nos EUA, com o nome de Musical.ly Reuters/Dado Ruvic

A Microsoft é um dos nomes mencionados em discussões sobre compradores da TikTok, a aplicação viral de microvídeos em risco de ser barrada dos EUA devido às suas ligações com a China. A notícia foi avançada esta sexta-feira por vários jornais norte-americanos, incluindo o Wall Street Journal e o New York Times, que citam fontes próximas das empresas.

Contactada pelo PÚBLICO, a Microsoft afirma que “não tem nada a dizer” sobre o assunto, enquanto a equipa do TikTok responde que “não comenta rumores ou especulações”, frisando, contudo, que está “confiante do sucesso a longo prazo” da rede social.

Os rumores surgem numa altura em que a Administração de Donald Tump discute a possibilidade de proibir o acesso ao TikTok nos EUA com base em preocupações de cibersegurança em torno da empresa chinesa ByteDance, que é a dona da rede social. A alternativa ao bloqueio é a publicação de uma ordem executiva que obrigue a ByteDance a vender o TikTok, avançou a Bloomberg esta sexta-feira.

“Estamos a olhar para o TikTok”, admitiu Donald Trump, em resposta a questões dos jornalistas. “Podemos estar a falar em banir o TikTok, podemos estar a fazer outras coisas. Há algumas opções em aberto.”

A decisão do Presidente terá como base o resultado da revisão da segurança do TikTok, que o Comité de Investimento Estrangeiro dos EUA começou em 2019, confirmou aos jornalistas o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

Origens 

A plataforma de partilha de vídeos nasceu em 2014, com o nome de Musical.ly. Foi rebaptizada três anos depois quando foi comprada pela tecnológica chinesa ByteDance, que se especializa em inteligência artificial e queria lançar um sistema de vídeos virais nos EUA. 

Agora, no entanto, os EUA acreditam que a aplicação, que é usada por 800 milhões de pessoas em todo o mundo, pode representar um perigo para a segurança nacional. Em causa está a Lei Nacional de Inteligência da República Popular da China, aprovada em 2017, na qual se lê que “todas as organizações e cidadãos devem apoiar, ajudar e cooperar com o Estado em matéria de inteligência nacional”.

O TikTok tem-se esforçado por reforçar a sua identidade americana para afastar as preocupações. Em Maio, por exemplo, o TikTok contratou o antigo estratega da Disney Kevin Mayer para gerir a rede social nos EUA e assumir o cargo de director de operações da ByteDance. Além disso, a empresa espera abrir mais 10 mil postos de trabalho no país nos próximos três anos.

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