Federico dos espíritos

Fellini, odisseia 2020. Nos cem anos do nascimento do realizador, seis cópias restauradas circulam em Agosto e Setembro, iniciativa da Festa do Cinema Italiano e das distribuidoras Risi Film e Alambique, e a Cinemateca Portuguesa prepara uma integral para Novembro. Chamámos o espírito de Fellini e ouvimos as palavras de quem o conheceu.

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Calle Hesslefors/ullstein bild via Getty Images

A Doce Vida (6 de Agosto), A Estrada (13 de Agosto), Fellini 8½ (20 de Agosto), Julieta dos Espíritos (27 de Agosto), Os Inúteis (3 de Setembro) e A Voz da Lua (10 de Setembro): seis filmes que evocam o núcleo central da carreira de Federico Fellini serão repostos no Cinema Nimas, em Lisboa, no Cinema da Villa, em Cascais, e no Cinema Trindade, no Porto, em celebração dos cem anos de vida de um nome fundamental da história do cinema. Trata-se mais de uma efeméride: é uma oportunidade para redescobrir a obra de um cineasta que, obcecado com a vida, procurou sempre o que existia para além dela, acreditando que nunca terminava apesar do corpo adormecer. Um “mentiroso sincero” que inventou a sua biografia, um ilusionista impaciente que sonhava filmar o subconsciente, um amante insaciável fascinado por experiências que o transportavam para outros universos: Fellini parecia ser várias pessoas, para aqueles que o viam, e estar em sítios diferentes daquele em que punha os pés, seduzindo amigos e espectadores e deixando marcas que revelaram tanto a complexidade de um homem como a do tempo que atravessou.

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