Balanço da Administração Trump – na Europa, em Portugal

Embora nem sempre seja reconhecido, com o presidente Trump a relação transatlântica, na qual se inclui a relação especial e duradoura entre Portugal e os EUA, não só continua firme como continua a crescer.

Com o meu terceiro ano em Portugal a chegar ao fim, e enquanto o mais antigo embaixador da Administração de Donald J. Trump na Europa, olho com orgulho para o que alcançámos, reforçando os valores que partilhamos e promovendo os nossos objetivos comuns de política externa em Portugal e na Europa. O presidente Trump nomeou-nos para levar a cabo a sua visão e as suas políticas e, sob a sua liderança, fizemos mais do que simplesmente concluir projetos — transformámos a relação tanto para nós, quanto para a Europa, para melhor. O Presidente alcançou muito — atrevo-me a dizer muito mais do que aquilo por que somos reconhecidos. Deixem-me explicar.

Para começar, o presidente Trump disse que a nossa aliança transatlântica, a NATO, precisava de ser alavancada por todos os parceiros, e não apenas pelos Estados Unidos. Trabalhando com o secretário-geral Stoltenberg, estamos agora a partilhar estes custos: no início do mandato da Administração, apenas três aliados da NATO estavam a atribuir 2% do PIB à área da defesa. Até 2019, mais cinco países atingiram o compromisso dos 2% e quase todos os aliados da NATO planeiam fazê-lo nos próximos quatro anos. Isto representa um aumento de investimento na ordem dos 130 mil milhões de dólares americanos desde que o presidente Trump assumiu o cargo, para além do compromisso assumido para mais milhares de milhões.

A partilha de custos na NATO representa um compromisso com a nossa defesa mútua. Através da NATO, aumentamos a nossa capacidade de defender liberdades universais e direitos humanos das ameaças mundiais que enfrentamos hoje. Continuaremos a trabalhar com países como Portugal, membro fundador da NATO, para que atinja o seu compromisso até 2024, reconhecendo as suas contribuições para as operações da NATO no Afeganistão, Iraque, Lituânia e no alto mar, bem como para as missões da UE e das Nações Unidas no Mediterrâneo, Mali, República Centro-Africana e Somália. Além de acolher a presença militar norte-americana na Base das Lajes nos Açores, também congratulamos Portugal pelo seu excelente acolhimento das forças Strikfornato da NATO, enquanto lembramos que a partilha de encargos significa que todos partilhamos os custos da principal aliança de defesa do mundo.

Como o presidente Trump diz: “Nenhum governo foi mais duro com a China do que este Governo.” E isto acontece porque depois de 30 anos de esperança de que a República Popular da China (RPC) iria adotar os nossos valores e sistemas democráticos, tal não aconteceu, e como tal devemos reconhecer isso e tomar medidas para nos protegermos a nós e a tudo aquilo que nos é querido. As táticas económicas injustas e as práticas antidemocráticas da RPC são uma ameaça para a Europa e para os Estados Unidos, e devemos unir-nos para defender os sistemas abertos e competitivos que juntos construímos com vista à nossa prosperidade mútua. Precisamos de construir redes 5G fortes e seguras e impedir fornecedores que não são de confiança, como a Huawei, de crescerem e controlarem os nossos dados e toda a nossa rede.

Mais países têm de assumir uma posição. Vamos resistir aos esforços da RPC de minar as nações soberanas e manipular as nossas economias. Com a liderança do Governo Trump no combate à perigosa influência da RPC, mais países farão o que o Reino Unido fez e acabarão com as tentativas da RPC de “abrir uma porta pelas traseiras” para ter acesso às nossas sociedades democráticas. A tecnologia ocidental pode competir com as empresas apoiadas pela RPC, tanto em preço como em desempenho, e está a fazê-lo. Em breve, Portugal conduzirá o seu próprio leilão de espectro e pedimos que tome a decisão que melhor sirva para proteger a segurança nacional e as informações pessoais dos cidadãos. As nossas liberdades civis e os pilares democráticos estão em jogo.

Os nossos esforços na área da segurança não ficam pela NATO ou redes 5G. A covid-19 encorajou organizações criminosas transnacionais que têm o objetivo de traficar cocaína através do Atlântico a usar o que julgavam ser rotas menos monitorizadas. Juntamente com o Centro de Análise e Operações Marítimas, interditamos traficantes de droga da Venezuela, Brasil e outros países. Nos três anos anteriores à minha chegada, apreenderam 119,8 toneladas de drogas e três milhões de dólares americanos em ativos e dinheiro. Desde a minha chegada em 2017, apreendemos 210,98 toneladas de droga e quase 176 milhões de dólares americanos em ativos e dinheiro.

Também assegurámos que o nosso progresso económico reflete as nossas tradições democráticas. O comércio total de bens e serviços entre a Europa e os Estados Unidos aumentou de 1,3 milhões de milhões de dólares americanos para cerca de 1,6 milhões de milhões de dólares americanos, enquanto o comércio bilateral de bens e serviços entre os EUA e Portugal chegou a 8,9 mil milhões de dólares americanos em 2019, um aumento de 40% em relação a 2016. Somente no setor agrícola aumentámos 54% as trocas comerciais entre os nossos dois países, para 480 milhões de dólares americanos.

Os nossos laços crescem a cada dia, à medida que mais estudantes viajam para os EUA para aproveitar o nosso sistema de educação de excelência (o quinto maior setor económico dos Estados Unidos). No ano passado, os EUA e Portugal criaram um programa de intercâmbio, oferecendo até 12 meses de formação para estudantes interessados em aprender mais sobre inovação e crescimento organizacional. Este tipo de oportunidades promove a nossa mútua prosperidade, cria emprego e impulsiona o tipo de crescimento que temos visto em empresas como a Google, Cisco e Oracle, que se expandiram para o mercado europeu, envolvendo a talentosa força de trabalho portuguesa, que tem excelentes níveis de inglês. Ao mesmo tempo, empresas portuguesas como a Feedzai, Outsystems e Talk Desk têm agora uma base sólida nos Estados Unidos.

Não são apenas as empresas tecnológicas que estão a vir para Portugal, empresas da área da saúde e de consultoria, entre outras, estão a encontrar oportunidades na  economia portuguesa transparente e aberta. Para além das suas iniciativas comerciais, as empresas americanas também deram assistência durante a covid-19. E agora, à medida que as nossas economias recuperam da pandemia, estou confiante de que os investidores americanos estarão entre os primeiros a voltar a Portugal.

Embora nem sempre seja reconhecido, com o presidente Trump a relação transatlântica, na qual se inclui a relação especial e duradoura entre Portugal e os EUA, não só continua firme, como continua a crescer (mesmo que tenham ocorrido alguns momentos desconfortáveis que acontecem mesmo entre os aliados mais próximos). Desde a partilha mais equilibrada dos custos da nossa aliança da NATO ao combate à manipulação dos mercados e dados pela RPC; ao aumento das trocas comerciais; e à luta contra terroristas e traficantes de droga, nós temos sido bem sucedidos. Continuamos também a construir laços sem comparação entre os povos dos EUA e da Europa a todos os níveis. O presidente Trump enviou-nos como embaixadores para alcançar os seus objetivos, e temos cumprido, de Portugal à Polónia, do Reino Unido a França, entre outros países. Devido aos feitos da política externa do Governo Trump, estamos a preparar o terreno para uma recuperação económica pós-covid-19 fiel aos indeléveis ideais democráticos que partilhamos.

O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico

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