PSD quer garantias do Governo sobre extensões dos Centros de Saúde e cuidados continuados

Deputados enviaram perguntas à ministra da Saúde.

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Deputados do PSD estão preocupados com acesso dos mais idosos aos cuidados de saúde primários Nuno Ferreira Santos

O PSD quer esclarecimentos ao Governo sobre as extensões dos centros de saúde encerradas devido à pandemia, pedindo garantias que voltarão a reabrir, e quer também saber quando serão actualizadas as comparticipações às unidades de cuidados continuados.

Em duas perguntas dirigidas à ministra da Saúde, Marta Temido, entregues na Assembleia da República na sexta-feira e enviadas esta segunda-feira à imprensa, o PSD pede, por um lado, que o Governo detalhe quais as extensões de saúde encerradas desde o início do ano devido à pandemia de covid-19, quantas já reabriram e qual é o plano de reabertura para as que ainda se encontram encerradas.

“Pode o Governo garantir que nenhuma das extensões de saúde encerradas nos últimos meses deixará de reabrir?”, perguntam ainda os deputados do PSD, questionando se é por falta de recursos humanos que algumas ainda permanecem fechadas.

Os deputados do PSD apontam que “o encerramento das referidas extensões de saúde tem dificultado o acesso das populações aos cuidados de saúde primários, circunstância agravada quando estão em causa localidades habitadas por pessoas maioritariamente idosas e onde se regista uma grande escassez de transportes públicos”.

Embora a telemedicina tenha muitas vantagens e tenha tido um papel preponderante nesta pandemia, a verdade é que nunca irá substituir a consulta presencial. A população idosa tem alguma dificuldade em se adaptar a estas novas tecnologias, até pelos problemas de natureza auditiva ou cognitiva que podem contribuir para inviabilizar a percepção da mensagem”, acrescentam.

Numa outra pergunta dirigida à ministra da Saúde, os sociais-democratas alertam que, em 2020, “a situação das unidades de cuidados continuados” se agravou devido à pandemia de covid-19, com estas instituições a registarem “um significativo aumento da despesa, principalmente no que respeita à aquisição de equipamentos de protecção individual e de contratação de novos recursos humanos”

“Em particular os constrangimentos financeiros referidos estão a levar muitas unidades de cuidados continuados integrados a gravíssimos problemas financeiros, podendo mesmo agravar o seu risco de encerramento, pelo simples facto de os seus custos de funcionamento serem já superiores às receitas, cujo valor, recorde-se, lhes é imposto pelo Estado””, apontam.

Assim, o PSD quer saber quando prevê o Governo actualizar as comparticipações do Estado às entidades de cuidados continuados integrados protocoladas com a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

“Qual é a previsão de abertura de camas da RNCCI e da Rede Nacional de Cuidados Paliativos até ao final de 2020?”, perguntam ainda.

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